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Queda na agropecuária encolhe PIB do Rio Grande do Sul no terceiro trimestre de 2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul caiu 0,1% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2022, a economia do estado registrou variação de 0,1%. No Brasil, nas mesmas bases de análise, o PIB teve variação de 0,1% e 2,0%. A queda na agropecuária foi o principal diferencial no desempenho do Rio Grande do Sul e do país na comparação do terceiro com o segundo trimestre de 2023. 

Enquanto no estado a baixa foi de 15,5%, no país o segmento registrou queda de 3,3%. Na indústria, o crescimento de 1,0% foi sustentado pelo desempenho da indústria de transformação (+1,0%), a principal da economia gaúcha, e da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+7,4%). Nos serviços, segmento mais representativo do PIB, o avanço de 0,6% foi o mesmo do registrado no país, com destaque para o desempenho positivo das atividades do comércio (1,8%), intermediação financeira e seguros (1,5%) e serviços de informação (1,4%). 

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Conforme o chefe da divisão de análise do DEE, ao olhar para o conjunto do ano, o efeito da estiagem é superior ao do excesso de chuva sobre a economia.

“A estiagem vem no verão, quando se concentra a produção agrícola do Estado e a produção de soja, que é uma atividade super importante, de longe o principal produto agrícola, então acaba tendo impacto muito maior”.

Segundo Lazzari, pode ser observada retração de 3% na indústria de alimentos, porque a região afetada em setembro é forte produtora de leite e carnes.

“A agropecuária representa hoje mais 10% do valor adicionado no Estado, e os efeitos de estiagens são muito grande sobre a produção. Um efeito grande sobre um setor grande bate com bastante intensidade no PIB”, ponderou Lazari.

Os percentuais divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia e Estatística, apontam também que no acumulado dos três primeiros trimestres do ano, o PIB do Rio Grande do Sul evoluiu 2,5% em comparação ao mesmo período de 2022, enquanto no Brasil a alta foi de 3,2%. Na taxa acumulada dos últimos quatro trimestres, a variação estadual foi de 2,1%, enquanto a nacional chegou a 3,1%.

Sobre a projeção de um PIB de 4,3 % cento positivo em 2024 realizada pela Federasul, Lazzari acredita que elas podem se confirmar, mas dependem muito do agro.

 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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