Admiradores e tradicionalistas homenageiam Paixão Côrtes

O velório do tradicionalista gaúcho Paixão Côrtes, que faleceu aos 91 anos, iniciou na manhã desta terça-feira (28) cercado de luto e comoção dos familiares, amigos, admiradores e do círculo do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). O corpo chegou ao Palácio Piratini por volta das 8h e as despedidas no Salão Negrinho do Pastoreio estavam reservadas aos familiares. Às 10h, foi aberto ao público e imprensa. O governo estadual decretou luto oficial de três dias.

Venerado como precursor do folclore e das tradições da cultura do Rio Grande do Sul, Côrtes – simbolizado como o ‘Eterno Laçador’ – universalizou a cultura gaúcha além das fronteiras. Seu corpo será velado até as 17h e o enterro está marcado para as 18h no cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. Quando o governador José Ivo Sartori chegou pela manhã, acompanhado por secretários estaduais, o ato fúnebre concentrava em torno de 150 pessoas.

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Sartori manifestou seu pesar àquele que preservou as tradições da indumentária, da poesia, música e tradição do povo do Rio Grande. “Fica a marca de um símbolo, de alguém que criou o folclore gaúcho e que construiu a imagem de nossos costumes, seja na música, na dança, nos CTG’s, nas cavalgadas, nos rodeios”, declarou.

Côrtes estava internado no Hospital Ernesto Dorneles há 41 dias e morreu às 14h05 dessa segunda-feira (27). Ele estava na UTI recuperando-se de complicações após cirurgia de fêmur, consequência de uma queda.

Em número expressivo, os representantes de MTG’s e instituições tradicionalistas prestaram homenagens ao longo do dia, reverenciando Paixão Côrtes com preces, recitais e adornando o ambiente do Piratini com coroas de flores e imagens do ícone gaúcho. O mastro da bandeira riograndense segue em meia-haste na sede do governo. A prefeitura de Porto Alegre e a Câmara de Vereadores também decretaram luto oficial de três dias.

Presente no velório, o músico Renato Borghetti mostrou-se emocionado diante da perda de um de seus referenciais tradicionalistas. “Tive o prazer e a honra participar de seu convívio, de conhecer seu legado, respeitando e admirando o personagem que contribuiu e deixou a marca da cultura gaúcha”, enfatizou. O escritor, compositor e publicitário Luiz Coronel lastima a perda daquele que mais zelou pela tradição e folclore do Sul do país. “O Rio Grande seca as lágrimas no lenço rubro do Laçador”, versa um poema.

Natural de Santana do Livramento, o compositor, folclorista, radialista e pesquisador da cultura gaúcha João Carlos D’ávila Paixão Côrtes era engenheiro agrônomo, mas dedicou-se à pesquisa da cultura, hábitos e costumes populares do RS. Tornou-se símbolo de Porto Alegre ao servir de modelo, em 1954, para a Estátua do Laçador, do escultor Antônio Caringi. Em 2017, o folclorista anunciou seu afastamento da vida pública.

Redação de Jornalismo

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