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Anvisa ainda não autoriza compra de vacina Sputnik por estados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não definiu se os estados da região Nordeste poderão importar vacinas da empresa russa Gamaleya, que produz o imunizante Sputink V. Desde terça-feira (06) o órgão tem se reunido com governadores para decidir o assunto. O Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que estados e municípios comprem o próprio imunizante sem depender do Governo Federal, mas é necessária autorização da Anvisa. No mês passado, o Consórcio de Governadores do Nordeste encomendou 37 milhões de doses da vacina russa, mas a Agência ainda não liberou a importação, algo criticado por Flávio Dino, governador do Maranhão.

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“Lamentavelmente houve um encaminhamento inicial por parte da Anvisa de que seria necessária uma realização de diligência à Rússia para poder, então, analisar o pedido dos estados. Nós consideramos isso incompatível com a legislação e ao mesmo tempo incompatível com o senso de urgência no enfrentamento ao Coronavírus, exatamente no dia em que o Brasil alcança esse patamar inaceitável de 4.195 mil óbitos”.

Em nota, a Anvisa disse que buscará informações técnicas sobre o pedido de importação. Disse também que busca informações sobre a vacina junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Agência Europeia de Medicamentos.  Nesta quarta, o governador do Piauí, Wellington Dias, que também é presidente do Consórcio do Nordeste, voltou a se reunir com o diretor-geral da Anvisa, Antônio Barra Torres. Ele espera uma resposta definitiva nos próximos sete dias. “A vacina Sputink já é utilizada em 58 países com eficácia comprovada, com segurança, praticamente sem registros de efeitos colaterais.

O fato é que o Brasil precisa de vacina, é um mês que temos um número baixo de vacina e essas da Sputink vão ajudar a salvar vidas”. Além dos nove estados do Nordeste, outros três entes federativos entraram com pedido de importação da vacina russa. A pressão dos governadores é por causa do aumento do número de mortes em decorrência da Covid-19. As autoridades querem que, além das doses disponibilizadas pelo Governo Federal, a população conte com vacinas compradas pelos próprios estados e assim pessoas sejam imunizadas.

Nesta semana o Brasil ultrapassou o número de 4 mil mortes diárias pela doença, o maior registro de todo o planeta. Representantes da Gamaleya e o presidente do Consórcio entregaram um novo relatório técnico de avaliação dos imunizantes. Além disso, uma equipe da Agência foi enviada à Rússia para avaliar a fabricação das doses. Enquanto esse impasse ainda persiste, a servidora pública Lígia Rossi sonha em voltar a ter uma vida normal. “Eu quero voltar a trabalhar, meu filho voltar para escola, ver os amigos, ver a família. Eu não tenho visto minha família, nem outras pessoas, estamos isolados”, lamenta.

Redação de Jornalismo

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