Azonasul alerta para crise na saúde pública regional

Na manhã desta quinta-feira (17), o presidente da Associação de Municípios da Zona Sul (Azonasul) e prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Costa Madruga, concedeu entrevista à Rádio Acústica FM, onde abordou os desafios críticos enfrentados pela região na área da saúde pública. Madruga destacou a difícil situação financeira dos hospitais locais, como a Santa Casa de Rio Grande, que, apesar de ter retomado parcialmente suas atividades, ainda enfrenta sérias dificuldades. Ele ressaltou que a crise se reflete diretamente nos municípios da Zona Sul, sobrecarregando os serviços e prejudicando o atendimento à população.

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O presidente da Azonasul enfatizou que a associação está empenhada em sensibilizar o governo estadual e federal para a necessidade de destinar recursos suficientes para garantir a estabilidade, segurança e investimentos na saúde da região:

“Estamos fazendo um movimento que não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, mas sim pela saúde do Rio Grande do Sul”, afirmou Madruga.

Uma das principais críticas de Madruga foi em relação à aplicação do mínimo constitucional em saúde pelo governo do estado. Ele argumentou que a inclusão de despesas com pensionistas, aposentados e IP patronal nos gastos com saúde mascara os índices e prejudica o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante desse cenário, a Azonasul está buscando um diagnóstico preciso da situação para, em seguida, dialogar com o governo do estado, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS) e o Ministério Público, a fim de encontrar soluções para a crise. Madruga ressaltou que a prioridade é atender às necessidades da população, que enfrenta longas filas de espera por consultas, exames e cirurgias.

O presidente da Azonasul também criticou a transferência de responsabilidades do estado para os municípios, por meio de resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Ele defendeu a revisão dessas resoluções, para que os municípios não precisem arcar com despesas que são de responsabilidade do estado, como a média complexidade.

Além dos problemas financeiros, Madruga mencionou a questão do transporte de pacientes para os grandes centros, que gera custos elevados para os municípios e causa transtornos para a população. Ele defendeu a regionalização dos serviços de saúde, com a criação de novas referências em hospitais menores, para desafogar os grandes centros e garantir um atendimento mais próximo e eficiente.

Madruga também comentou sobre a importância de buscar alternativas para fortalecer os hospitais que ofertam serviços pelo SUS, como a isenção de impostos. Ele anunciou que a Azonasul irá apresentar propostas de legislação para melhorar a situação dos hospitais e da Defesa Civil em Brasília, em outubro.

Confira a entrevista com o presidente da Azonasul

Bruno Bonilha

Comunicador na Rádio Acústica FM.

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