A forte chuva que atingiu a Grande Florianópolis na madrugada desta sexta-feira, 15, provocou nova mudança na paisagem da praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha. Três dias após a prefeitura bloquear a foz do rio do Braz, o trabalho foi desfeito sem qualquer intervenção humana, e água suja de esgoto voltou a correr para o mar. O resultado foi um fortíssimo mau cheiro, sentido por quem circulava pela região do trapiche da praia.
Consternados com a situação, os donos dos barcos que promovem passeios náuticos pela região resolveram agir e oferecer gratuitamente máscaras brancas para quem passasse pelo local. A cena era constrangedora. Ao lado do mar, com o sol brilhando, turistas circulavam com o rosto coberto, como é normal ver em países asiáticos com altos níveis de poluição do ar.
— O cheiro estava muito ruim. Nosso patrão resolveu distribuir as máscaras também como uma forma de protesto para mostrar a situação absurda que estamos passando por aqui — conta Pauline Fernandes Camargo, fotógrafa do barco pirata.
Quem também estava muito incomodado com o mau cheiro era o ambulante Gelson Pereira Medeiros, que aluga cadeiras de praia para banhistas nas proximidades do trapiche. De acordo com ele, o pior momento do dia foi pela manhã, quando a maré estava alta e o rio corria com menos intensidade para o mar. Pela tarde, quando conversou com a reportagem do DC, ele diz que a situação já havia melhorado um pouco e não se via mais pessoas andando com as máscaras.
— De manhã estava insuportável. Não havia Cristo que aguentasse. Teve uma menina que chegou a vomitar só por causa do cheiro, Nunca tinha visto isso — diz Medeiros, que mora há 28 anos no bairro.
Ainda de acordo com o ambulante, a poluição do mar tem gerado prejuízos para todos os comerciantes da região.
— Está afetando demais. Hoje não teve movimento nenhum, por exemplo. Teve até gente que chegou a pegar a cadeira mas desistiu logo em seguida por conta do mau cheiro — conta.
Durante a tarde, o movimento de banhistas era pequeno nas proximidades do rio do Braz. Ainda assim, havia quem se arriscasse a atravessar a água suja e malcheirosa do curso d’água, alguns deles até com carrinhos de comida.
Entre os turistas, a maioria era de argentinos. Para o técnico televisivo Horacio Arreceygor, a contaminação da água provocou uma mudança de hábito e agora ele procura outras áreas para se banhar.
— Aqui não dá mais para vir. Está horrível. Viajamos quase dois mil quilômetros desde Buenos Aires para ver a praia e encontramos isso — diz.
A também argentina Susana Sterni, que vem a Florianópolis há mais de 20 anos, diz que a contaminação da água causa uma impressão muito ruim.
— Está cada vez pior, ano a ano.
A prefeitura de Florianópolis havia admitido no começo da semana que a solução era paliativa e que a recomposição poderia ceder, com o rio tomando seu curso naturalmente. Nesta quinta-feira, o Ministério Público Federal foi à Justiça para que a prefeitura desmanchasse a barreira. O prefeito César Souza Jr. disse no começo da semana que se a água abrisse a barreira, a prefeitura faria novamente a recomposição da faixa de areia.
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