Foto: Arquivo Pessoal
Neste 13 de dezembro de 2024, o escritor, compositor, folclorista e ambientalista Barbosa Lessa estaria completando 95 anos. Mesmo após sua morte, ocorrida em 11 de março de 2002, seu legado continua a ser celebrado como um dos pilares do tradicionalismo gaúcho, influenciando gerações com sua obra e dedicação à cultura regional.
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Barbosa Lessa faleceu aos 72 anos, após uma batalha contra o câncer no pulmão, no hospital Nossa Senhora de Aparecida. Reconhecido como um dos mentores dos Centros de Tradição Gaúcha (CTGs), ele se destacou como uma das principais referências em estudos sobre a cultura gaúcha, deixando um vasto acervo que inclui 61 livros, peças de teatro, ensaios, músicas e trabalhos jornalísticos.
O escritor participou da primeira Ronda Crioula/Semana Farroupilha e, com um caderno em mãos, coletou assinaturas de jovens interessados na cultura gaúcha, o que levou à fundação do primeiro CTG, conhecido como “35”. Nesse espaço, Lessa redescobriu sua paixão pela música regional e, diante da escassez de repertório, começou a compor suas primeiras canções, incluindo a famosa toada “Negrinho do Pastoreio”, que se tornou um clássico da música gaúcha.
Entre 1950 e 1952, Lessa formou uma parceria com seu amigo Paixão Côrtes, realizando uma pesquisa sobre danças regionais que resultou na recriação de danças tradicionalistas. O trabalho da dupla culminou na publicação do “Manual de Danças Gaúchas” e no lançamento do disco “Danças Gaúchas”, o terceiro LP produzido no Brasil, interpretado pela cantora Inezita Barroso.
Além de suas contribuições artísticas, Barbosa Lessa foi um incentivador do Primeiro Congresso Tradicionalista do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria em 1954, e atuou como Conselheiro Honorário do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Ele também mantinha uma reserva ecológica em Camaquã, onde residia com sua esposa Nilza, dedicando-se à produção artesanal de erva-mate e plantas medicinais.
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