O Bitcoin (BTC) acumulou uma queda de aproximadamente 15,8% desde seu recorde histórico no início da semana, com uma desvalorização de 10% nas últimas 24 horas. Essa retração ocorre em um cenário de diminuição das expectativas por um afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o que tem enfraquecido o apetite especulativo dos investidores.
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Na manhã desta sexta-feira, 20 de dezembro, o preço da maior criptomoeda do mundo caiu para US$ 92.222, após ter atingido uma máxima de US$ 108 mil. Essa tendência de baixa não afetou apenas o Bitcoin, mas também impactou outras criptomoedas menores, como Ethereum (ETH) e Dogecoin (DOGE), que também registraram perdas significativas.
Na quinta-feira, um grupo de ETFs nos EUA que investem diretamente em Bitcoin enfrentou uma saída líquida recorde de US$ 680 milhões, conforme dados da Bloomberg. Essa movimentação encerrou uma sequência de 15 dias de entradas contínuas, sinalizando uma mudança no comportamento dos investidores em relação ao ativo.
De acordo com Strahinja Savic, chefe de dados e análises da FRNT Financial, correções desse tipo são comuns em mercados em alta. A QCP Capital também destacou que o principal fator por trás dessa correção foi o posicionamento “excessivamente otimista” do mercado, que agora enfrenta um ajuste.
A postura mais hawkish do Federal Reserve, que sinalizou um aumento nas taxas de juros na quarta-feira, pesou sobre a maioria dos ativos de risco. Apesar da recente queda, o Bitcoin ainda acumula uma alta de quase 50% desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, em 5 de novembro. Com a expectativa de menos cortes de juros pelo Fed em 2025, alguns investidores estão reduzindo sua exposição e realizando lucros. Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group, recomendou cautela no curto prazo, afirmando que, embora não se espere um colapso de preços, o momentum do Bitcoin claramente perdeu força.
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