BM abre investigação interna para apurar ação em tumulto após partida de futsal em Camaquã

Após uma confusão formada na penúltima rodada da Taça Camaquã de Futsal, a Brigada Militar abriu um inquérito Policial Militar para investigar a conduta dos envolvidos na operação que resultou em torcedores feridos em meio a uma briga. O  comando se manifestou no final da noite desta quarta-feira por meio meio de uma nota:

“Em relação a ocorrência de desordem durante os jogos da Taça Camaquã de futsal, na última quinta-feira (17/8), o 30º Batalhão de Polícia Militar esclarece que já instaurou Inquérito Policia Militar para apurar os fatos. 

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Durante o evento, que aconteceu no Ginásio Municipal de Esportes Wadislau Niemxeski, ocorreu uma briga entre jogadores de times adversários no vestiário. Devido ao tumulto, a empresa de segurança privada que atuava no evento acionou a Brigada Militar. Durante a intervenção, um policial e um torcedor ficaram feridos. 

A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, informou a Comunicação Social do 30º BPM.

Na última quinta-feira, depois do apito final do árbitro da partida entre Vélez da Granja e Frankfurt pela primeira divisão, teve início uma confusão nas proximidades do vestiário. Foi então que policiais da Força Tática da Brigada Militar foram chamados para conter a situação.

Foram disparadas balas de borracha, para dispersar os envolvidos. Pelas redes sociais, circulam vídeos com um homem que apresenta um ferimento grave na perna.

Caso vai parar na Assembleia Legislativa

Depois de receber denúncias sobre a atuação da Brigada Militar no caso, o deputado estadual pelo PSOL, Matheus Gomes, denunciou o caso para Comissão de Direitos Humanos da Assembleia para apurar a conduta policial no caso.

“O contexto da nossa denúncia é o recebimento dessas imagens por parte da família do homem que foi atingido à queima roupa pelas balas de borracha. Conversamos com os familiares, e com a equipe que hoje faz a defesa jurídica dele e encaminhamos para Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para poder fazer uma uma apreciação e tomar  atitudes mais diretas. E sobre a situação em si é injustificável um método de ação policial que está completamente equivocado. Um tiro à queima roupa,  com uma pessoa com as mãos para baixo e desarmada. Ele não oferecia risco aos policiais naquele momento. Então é uma prática que nós devemos repudiar ainda mais porque a BM é uma força de segurança que tem que servir com a proteção da população e não a sua intimidação. O pior ainda é a agressão aos cidadãos”, critica o parlamentar.

Sobre o suposto caso de racismo contra um atleta da equipe Frankurt de Camaquã, o parlamentar disse que é necessário mais elementos para também investigar o caso.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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