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Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo

Em relatório divulgado pela Antra, Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o Brasil continua sendo campeão de desrespeito e violência com pessoas trans. Pelo décimo quarto ano seguido, somos o país que mais mata pessoas destes gêneros no mundo.

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São 131 trans e travestis assassinados no país em 2022. No ranking de violência, o estado de Pernambuco é o mais perigoso para essa comunidade, totalizando 13 crimes no ano passado, seguido por São Paulo e Ceará, cada um com 11 registros de homicídios. Um número subnotificado, já que muitos estados não possuem sequer levantamento sobre LGBTQIAP+fobia.

Também  não existe nenhuma pesquisa nacional. Some-se  a isso a falta de um sistema de informação atualizado de classificação de gênero nas delegacias que atendem e investigam os casos. Por isso, mesmo os trabalhos de organizações não-governamentais para obter dados sobre violência contra transgêneros no Brasil, como a Antra, ainda são uma subnotificação da realidade.

A Delegada Cyntia Carvalho e Silva, titular da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual do Distrito Federal fala da importância da coleta correta de dados para uma melhor efetividade das políticas públicas voltadas para a população transgênero. 

O levantamento da Antra aponta que as práticas policiais e judiciais ainda se caracterizam pela falta de rigor na investigação, identificação e prisão dos suspeitos e, até mesmo, uma alienação em relação à diversidade de gêneros que hoje compõem a realidade brasileira. Essa postura faz com que muitos crimes não sejam investigados e julgados classificando a vítima  como transgênero.

A delegada Cyntia Carvalho e Silva sugere como solução a reciclagem dos profissionais para padronizar a classificação dos casos de violência contra a população trans.

Outro dado preocupante segundo o dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras é que dos 131 assassinatos registrados no ano passado, foram identificados apenas 32 suspeitos.

Redação de Jornalismo

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