Camaquã: curta-metragem produzido por alunos da EJA teve estreia lotada

Alunos da Totalidade 7, da Educação de Jovens e Adultos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha  fizeram sucesso no lançamento do curta-metragem idealizado e desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa pela  Professora Juliana Menezes, durante o “Projeto Lago Verde-Azul, Santuário da Mãe-Terra”, lançado pela escola no primeiro semestre deste ano com o objetivo de valorizar e pesquisar a Lagoa dos Patos, e que mobilizou toda a comunidades escolar.

Preocupada em aprimorar a oralidade e a escrita de seus alunos, a professora planejou suas atividades dentro do projeto, todas voltadas para a análise, interpretação e produção de diversos gêneros textuais com todas as turmas em que atua na escola.

Ao analisar o gênero textual Conto com os alunos da T7, percebeu que poderia ir além, então após ler as produções realizadas pelos alunos desta turma, sugeriu a produção de um filme a partir de uma das histórias criadas. Os alunos se motivaram diante da ideia, sonharam junto com a professora e o conto “DesEncontros”, da aluna Marlei Kunde de Souza foi escolhido, adaptado pelos colegas e se transformou em roteiro para o curta homônimo.

O cenário do filme contempla a cidade de Arambaré, em especial o antigo engenho do Bairro Caramuru, o qual foi cedido como set de gravações pelo atual proprietário, Sr. Osmar Becker.

Na quarta-feira, 08 de agosto, o filme, que teve a captura de imagens e a edição patrocinada pela IpoomWeb – Agência de Internet, foi apresentado às escolas da rede municipal que atuam com a Educação de Jovens e Adultos e demais convidados, entre eles a Secretaria Municipal de Educação e o IFSUL.

Como o filme não visa lucros e sim o crescimento e aprendizado dos educandos, foi solicitado um quilo de alimento não perecível como ingresso a quem quisesse contribuir, pois a turma se preocupou em aproveitar a oportunidade para fazer um trabalho social, através de doações para quem precisa do próximo.

Intensamente aplaudidos, os alunos que fizeram parte deste projeto mostraram que basta querer para realizar. O filme amador tem 25min, pois, embora a legislação afirme que é considerado curta-metragem o filme que possui até 15min, diversos festivais aceitam filmes com tempo superior.

Trata-se de um filme estudantil amador, com um roteiro cativante, em que o amor é tratado de forma simples, serena e emocionante.

A aluna Marlei, autora do conto que originou o filme comentou emocionada: “Pra mim foi ótimo, ainda mais que fui eu que escrevi. Sinal que sei fazer alguma coisa.” E seu colega Bruno disse: “Fiz um personagem-chave neste filme. Nunca imaginei que um dia eu faria isso. Foi muito bom.” Já a professora Juliana ressalta: “Foi um trabalho longo e cansativo, mas, acima de tudo, gratificante”.

Essa é a essência da educação. Parabéns a todos que apoiaram e fizeram parte desta iniciativa Parabéns à EMEF Osvaldo Aranha, direção, professores e funcionários e alunos.