Categories: Polícia

Cerca de 4% dos presos com tornozeleira eletrônica no RS reincidem, diz Susepe

O índice de reincidência criminal no Rio Grande do Sul com o uso de tornozeleira eletrônica pelos presos em regime aberto e semiaberto é de 4%, conforme aponta a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Ao longo de cinco anos, entre os 13 mil apenados que já foram monitorados pelo equipamento no estado, 554 voltaram a ser presos em flagrante.

Segundo a Susepe, atualmente, cerca de 2,2 mil presos, entre homens e mulheres, utilizam a tecnologia no tornozelo, que realiza o monitoramento diário do perímetro percorrido por eles.

Publicidade

“Eu considero o uso da tornozeleira mais eficaz do que apenas os regimes aberto e semiaberto, pois ela faz registro 24 horas, minuto a minuto. Se alguém reportar um boletim de ocorrência, eu consigo ver se a pessoa monitorada estava no local indicado pela ocorrência”, esclareceu o chefe da Divisão de Monitoramento da Susepe, Lucas Maurer.

Para Maurer, além de ser útil para o cumprimento de pena e para fiscalização, a tecnologia serve para o Poder Judiciário sanar dúvidas em relação à mobilidade do detento. “Já tivemos casos prós e contra. Um deles, por exemplo, em que o equipamento provou que o preso não estava no lugar apontado pela ocorrência”, contou.

Embora a tecnologia proporcione o acompanhamento constante, não garante que os presos não vão cometer outros crimes, como observa o delegado Marco Antônio Guns, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

“O que nós, delegados de polícia, e agentes de segurança queremos é aquele indivíduo sobre o qual há elementos de prova, que ele tenha praticado um crime, que esse criminoso esteja preso, recluso e tirado da sociedade. Infelizmente, para nós da Polícia Civil, a tornozeleira não impede essas ações criminosas”, afirmou Guns.

Nos últimos seis meses, a juíza Patrícia Fraga Martins, da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, diz ter conduzido 393 audiências referentes aos equipamentos.

“Dessas, 80% sobre rompimento de tornozeleira e descargo de bateria, aquela velha tentativa de colocar um dispositivo que bloqueia o sinal e que as pessoas ainda acham que funciona ou acham que não é detectável pela divisão de monitoramento”, esclareceu a juíza, que, atualmente, é responsável pela fiscalização de 1.033 tornozeleiras eletrônicas em Porto Alegre e região Metropolitana.

No entanto, o resultado das audiências, ainda conforme a juíza, remeteu 200 presos ao regime fechado.

Segundo a Susepe, a expectativa é a de que a tecnologia continue auxiliando na fiscalização dos criminosos, reduzindo os índices de reincidentes criminais no estado.

Redação de Jornalismo

Recent Posts

Homem é preso com mais de 20 quilos de cocaína e crack em Bagé

Um carro e as drogas foram apreendidos e encaminhados para a polícia judiciária em Bagé

1 hora ago

CNH Social: Saiba como se inscrever para garantir a carteira de motorista gratuita em 2025

A iniciativa, promovida pelo DetranRS, busca ampliar o acesso à carteira de motorista e facilitar…

2 horas ago

CRAS Bom Sucesso realiza atividades de convivência e celebração do Dia das Mães

As ações foram voltadas para o bem-estar e a saúde dos participantes

2 horas ago

Tarifa Social: CEEE Equatorial oferece descontos e serviços em Sertão Santana

A iniciativa faz parte do programa E + Economia e tem como objetivo levar economia…

2 horas ago

Toalhas de hotel em casa: faça isso na lavagem e garanta o melhor resultado

Sabe aquela sensação de se enrolar em toalhas de hotel — macias, cheirosas e volumosas?…

2 horas ago

Animais de rua são encontrados com lacres nos testículos em Dom Feliciano

A prática, além de dolorosa e ineficaz para castração, configura crime de maus-tratos

2 horas ago

This website uses cookies.