O governador José Ivo Sartori (PMDB) decidiu, nesta quarta-feira, manter o clima de expectativa que envolve o pagamento dos salários do funcionalismo desde o início da sua administração. Depois de postergar por três vezes, nesta semana, o anúncio do calendário da folha de outubro, o governo do Estado surpreendeu os servidores ao convidar os sindicatos, de última hora, para uma reunião no Palácio Piratini. A chamada colocou os servidores em alerta. “Não poderemos admitir a volta da situação caótica na segurança pública, como ocorreu nos meses passados”, declarou a vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Nadine Anflor.
“Em nosso entendimento, com a aprovação dos projetos do ajuste fiscal, o governo havia viabilizado as condições necessárias para cumprir sua obrigação com os servidores. Estamos surpresos com a repetição de tais atitudes”, reforçou a dirigente.
De acordo com o texto do convite, distribuído por e-mail aos sindicatos, haverá “uma apresentação a servidores sobre a realidade das finanças públicas”. O texto causou estranhamento. “O que falta sabermos sobre a realidade das finanças do Estado? Achávamos que o governo tinha parado de usar o funcionalismo para atingir seus objetivos, mas parece que o terrorismo com o servidor não terminou”, criticou o vice-presidente da Associação dos Policiais Militares do RS, Jefferson Melo.
A presidente do Cpers, Helenir Schürer Aguiar, afirmou não ter expectativas de que sejam apresentadas novidades na situação financeira do Estado. “Não sentimos o governo tentando solucionar os problemas. O que se mantém são os ataques aos direitos do servidores públicos. Refazer o discurso de falta de recursos será uma provocação”, declarou. “Vamos lá para ouvir mas não ficaremos calados. Iremos para questionar as ações que estão sendo tomadas”, completou Helenir.
O presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS (Fessergs), Sergio Arnoud, considerou que o governo é contraditório em suas manifestações. “Dizem que têm dificuldades de receita e ampliam a concessão de benefícios fiscais a grandes empresas. O governo optou por sacrificar a sociedade e o funcionalismo”, lamentou. Segundo Arnoud, a entidade buscará o diálogo. “Não queremos um monólogo. Temos várias indagações aos secretários”, antecipou o presidente da Fessergs.
Para o presidente da Associação de Oficiais da BM, coronel Marcelo Frota, os trabalhadores da segurança pública têm um “ativo a cobrar do governo” por terem mantido as atividades essenciais durante os meses de mobilização e paralisação contra o parcelamento dos salários. “Esperamos que o governo lembre que tem passivo muito grande com a BM, por sua conduta durante a greve dos servidores. Vamos para a reunião com este crédito”, declarou Frota. O diretor da União Gaúcha de Policiais Civis (Ugeirm), Fábio Castro, desabafou: “Não dá para confiar em quem não tem compromisso com os servidores. O RS está paralisado. Para que reunião? Irão dizer que as finanças melhoraram?”, ironizou.
Escalados para falar na manhã desta quinta, nem o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, nem o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, quiseram se manifestar sobre a reunião.
Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) foi vencedor do edital da lei de incentivo…
Encontro ocorrerá na próxima terça-feira (20), no Sindilojas Costa Doce
Fundada em Camaquã, a banda mergulhou no reggae, trazendo influências que transitam entre o Rock,…
Com entrada gratuita, o evento ocorre até o domingo (18), no Parque Dorval Ribeiro
Nada se compara ao aroma irresistível de uma pipoca de cinema estourando na manteigueira, espalhando…
Entenda como participar dos dois certames abertos pela prefeitura
This website uses cookies.