Ceitec vai receber um investimento de 220 milhões de reais para produção de chips

Chips vão ser produzidos em 2025

A produção de chips: a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anuncia nesta quinta-feira, em Porto Alegre, um investimento de R$ 220 milhões na Ceitec, empresa pública nacional produtora de semicondutores vinculada à pasta.

A cerimônia está marcada para 12h no auditório da companhia. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

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O investimento vai proporcionar condições para que a Ceitec inicie a produção de chips de carbeto de silício (SiC), um componente com maior eficiência a ser usado em dispositivos de potência.
A produção local desses semicondutores posicionará a Ceitec como uma peça fundamental no fortalecimento da cadeia tecnológica nacional e no atendimento às demandas de mercados em expansão.
É um componente de maior eficiência e demanda maior da transição na indústria automotiva e de energias, como os chips usados para fabricar aerogeradores de geração eólica.

A volta da operação da Ceitec foi autorizada pelo presidente Lula em decreto ainda no ano passado. A fábrica ficou parada por mais de três anos, enquanto corria o processo de extinção, determinado pelo governo de Jair Bolsonaro.

Ela voltou a operar, mas ainda não está produzindo. Aguardava-se exatamente este orçamento suplementar para comprar materiais e ajustar linhas de produção.

A retomada havia sido recomendada pela equipe do atual presidente e, segundo o o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do Ministério, que havia explicado em nota, ainda em janeiro, a dependência dos semicondutores e o impacto em vários setores produtivos motivaram a reativação.

Atualmente a Ceitec também emprega 162 funcionários, segundo última planilha interna disponibilizada pela entidade.

O Centro foi criado em 2008 também pelo presidente Lula, por meio de lei. Surgiu, conforme publicação do Diário Oficial da União, vinculado ao Ministério, com prazo de funcionamento indeterminado.

Conforme o documento, o objetivo seria buscar soluções científicas e tecnológicas para o País, explorando diretamente a área de semicondutores, microeletrônica e correlatos.

Um decreto em abril de 2023, autorizou a reversão da liquidação da empresa, que atua na fabricação de circuitos integrados e chips para aplicação em diversos setores, e estabeleceu a retomada operacional.

Esse processo reduzirá os riscos de perdas relativas às instalações, máquinas e equipamentos, além de permitir o reingresso da empresa no mercado.

Demonstra, também, a importância da Ceitec no contexto das políticas públicas para o setor de semicondutores e de componentes avançados e estratégicos.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.