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Chuvas beneficiam culturas de verão no Rio Grande do Sul

A cultura da soja avança e as lavouras do Rio Grande do Sul atingem 32% da área nas fases de floração e enchimento de grãos e 68% estão em desenvolvimento vegetativo. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater RS-Ascar, na quinta-feira (10), as fases da cultura para a safra 2018/2019 mostram-se próximas às da safra passada, quando, nesse período, as lavouras encontravam-se com percentuais semelhantes aos observados na safra atual. 

Em importantes regiões produtoras de soja no estado, como Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, a ocorrência de chuvas e as altas temperaturas proporcionaram um crescimento mais rápido das plantas, preenchendo espaços em áreas que ficaram com baixa densidade devido ao damping-off ou tombamento. No geral, o desenvolvimento da cultura nas regiões é considerado normal. A presença, com ataques, do tamanduá da soja e de lagartas diminuiu em relação à semana anterior, embora com algumas aplicações de inseticidas. 

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Nas regiões Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, a soja está em fase de tratos culturais, com áreas em desenvolvimento vegetativo e outras em formação de vagens. Devido à necessidade de replantio em algumas áreas, as lavouras estão desuniformes. Porém, a expectativa inicial de produtividade ainda se mantém em pouco mais de 3 toneladas por hectare (t/ha) na região.

 

Milho 

A cultura do milho foi favorecida pelas chuvas da semana passada, o que permitiu, em parte das lavouras, a recuperação das plantas em desenvolvimento vegetativo, floração e formação da espiga. Na média, a cultura encontra-se com 23% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 53% nas fases de floração e enchimento de grãos, 18% estão maduras e por colher e 6% das áreas já foram colhidas. 

Na Zona Sul, 85% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo. Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a combinação das condições climáticas de altas temperaturas, radiação solar intensa e boa umidade do solo, em virtude das chuvas da semana, favorecem o crescimento e o desenvolvimento da cultura, especialmente lavouras em floração e enchimento de grãos. Prossegue, nessas regiões, a semeadura da cultura em restevas de fumo. Já na Fronteira Noroeste e Missões, as lavouras estão com bom desenvolvimento das espigas devido ao clima favorável. Com as chuvas da última semana, os produtores intensificaram o segundo plantio nas áreas já colhidas.

 

Feijão 

A lavoura do feijão primeira safra segue avançando e apresenta bom desenvolvimento. Na semana, a colheita atingiu 35% da área, estimada em pouco mais de 41 mil hectares. Atualmente, 13% das áreas estão maduras e por colher, 28% em floração e enchimento de grãos e 24% em desenvolvimento vegetativo. 

Em regiões como Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a combinação de tempo chuvoso com altas temperaturas é favorável à incidência de doenças, como a ferrugem, necessitando o controle com aplicações de fungicidas. Na Fronteira Noroeste e Missões, a primeira safra de feijão está em finalização de colheita, com produtividade considerada boa. No geral, a produção nessas regiões se destina para consumo da própria família, mas muitos estão vendendo o excedente em feiras de produtores.

 

Arroz 

As lavouras de arroz desenvolvem-se de forma satisfatória. Nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha, a cultura demonstra bom desenvolvimento vegetativo, favorecida pela umidade do solo, luminosidade e calor. Nas regiões Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, onde são cultivados aproximadamente 137 mil hectares com arroz, espera-se uma produtividade próxima de 7,5 t/ha. Atualmente, as lavouras são manejadas para controle de plantas daninhas, com adubação em cobertura e irrigação. Na semana, a lavoura de arroz apresentou-se com aproximadamente 79% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 6% em enchimento de grãos.

 

Olerícolas 

Cebola – Na Serra, com a colheita finalizada, a olerícola condimentar se encontra armazenada nos galpões para o processo de cura dos bulbos. Na segunda quinzena de janeiro, a prática da toalete deve ter considerável incremento. De modo geral, a produção mostra boa qualidade, com bulbos firmes e secagem da parte aérea dentro do esperado. 

Tomate – Na Região Metropolitana, a produção de tomate a campo está com ótimo desenvolvimento e algumas áreas, já colhidas, apresentam produtividade média de sete quilos por planta. Os produtores manejam as lavouras em desenvolvimento vegetativo, frutificação e início de colheita. Alguns utilizaram mudas enxertadas, com excelentes resultados para controle das bacterioses. O tomate é comercializado por aproximadamente R$ 35,00 a caixa com 20 quilos do tipo extra. 

Mandioca – Na Fronteira Noroeste e Missões, a cultura está em colheita, seja para comercialização, consumo próprio ou beneficiamento nas agroindústrias. Vem aumentando o número de agroindústrias familiares que beneficiam a mandioca, descascada e embalada a vácuo, para comercializar nos programas governamentais, como o de Alimentação Escolar (Pnae), e nos supermercados. O preço recebido pelos produtores está entre R$ 2,50 a R$ 3,00 por quilo. 

Milho Verde – O milho verde cultivado para venda no Litoral está em comercialização, mesmo com algumas áreas ainda em floração e formação de espigas e, outras, em desenvolvimento vegetativo. Os produtores estão otimistas, uma vez que comercializam o produto a R$ 1,00 a espiga, o que representa um aumento de 50% em relação ao preço no mesmo período do ano passado. As vendas são realizadas nas tendas e quiosques e o movimento dos turistas é considerado acima do esperado. Na Fronteira Noroeste e Missões, os produtores que cultivam milho verde para abastecimento em feiras e mercados da região intensificam a colheita, aumentando a oferta e reduzindo o preço recebido. O produto está sendo vendido por R$ 3,00 o pacote de um quilo, que contém cinco espigas descascadas.

 

Pastagens e criações 

O comportamento do clima, especialmente quanto à temperatura e à umidade, foi benéfico para as pastagens nativas e cultivadas. Com isso, a produção de massa verde se mantém em bom nível, propiciando boas condições alimentares e nutricionais às diferentes espécies de ruminantes criadas no estado. 

A disponibilidade de massa verde nos campos garante boa condição alimentar e nutricional aos rebanhos de ovinos. No aspecto sanitário, o calor intenso e a umidade, especialmente em áreas mais baixas, exigem atenção e cuidados, especialmente no controle de verminoses, além de outras parasitoses, como sarna, piolho e miíases. No manejo dos animais, os destaques são o final do período de esquila e o desmame de cordeiros.

Redação de Jornalismo

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