Na noite da quarta-feira (25), na Câmara de Vereadores, a Audiência Pública sobre a possível adoção do Sistema de Esgotamento Misto de Tapes, foi apresentado pela Corsan e visa tratar cerca de 36% do esgoto no município de Tapes. Ele vem sendo discutido como Governo Municipal, através do Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMPEMA), nos últimos anos.
A obra, com custo orçado pela Corsan de R$ 2.778.484,01, a qual irá contemplar a instalação de três interceptoras, mais uma estação de bombeamento, inclusive, a reforma da atual e inoperante Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), existente no Balneário Rebello, durante a audiência, não definiu uma data prevista para que tenha um começo concreto.
Outras dúvidas ficaram em aberto, afora ponderações de pessoas ligadas a organismos e entidades da sociedade civil sobre vários aspectos desta obra.
De comum, todos colocaram que a obra, mesmo benéfica ao meio ambiente, poderá trazer um custo à sociedade, pois, os percentuais de quanto irá custar o tratamento do esgoto, na conta de água não foi apresentado, efetivamente aos presentes.
De começo, o chefe do executivo local, prefeito Silvio Rafaeli tentou tecer uma relação da implantação desse modelo, no passado, considerando que a mesma não teve a discussão da sociedade na época e, afirmou que “não houve um bom uso do dinheiro público”.
Contrapontos
Por outro lado, o diretor administrativo da Corsan, Marcus Vinicius Vieira de Almeira rebateu a afirmativa do prefeito, argumentando que, a vinda da ETE e sua proposta fora uma “conquista dos anos 90, ‘na ocasião, os momentos favoreceram a implantação deste projeto” salientando os benefícios para o meio ambiente e à Lagoa dos Patos.
O diretor da Corsan foi mais além, ao citar aspectos sociais, econômicos e de cunho muito acima do elemento empresarial, que norteia as grandes companhias.
“A proposta atual é barata, de fácil execução e de grande impacto social”, afirmou Marcus Vinicius.
O dirigente da estatal frisou do alcance com o qual esta obra poderá ter em nível local, na ordem de 36% do esgoto tratado. Lembrou que, no Estado a Corsan dispõe de contratos desta ordem, com 264 cidades e, projetou: “O futuro de Tapes passa pela lagoa e, este projeto tem isso como finalidade.”
Outro que rebateu a afirmação, pouco pessimista do governante de Tapes, foi outro representante da Corsan, André Finamor.
Para ele, a adoção do modelo de esgoto misto, previsto, inclusive, no Plano Municipal de Saneamento, caso, no passado fosse posto em prática, tornaria o município uma referência na área.
Quando as perguntas foram dirigidas para o público e convidados, um dos integrantes da bancada, professor da UERGS, Antonio Ruas, contestou a companhia a respeito dos valores a serem cobrados pelo serviço para a população, cobrando do Estado este posicionamento e, lembrando que a Corsan trabalha com um recurso natural, no caso, a água.
Pediu explicações sobre os pontos onde não haverá a captação do esgoto; a relação do investimento para com o impacto ambiental; a reforma da ETE; dos possíveis riscos à Lagoa dos Patos e, aos mananciais, como sangas, bem como à saúde pública.
Outra ponderação veio do consultor ambiental, Rafael Fernandes, que pediu informações de como ficaria a condição atual da rede existente no município, questionando da sua capacidade em receber e suportar esta importante obra.
Por fim, Fernandes alertou que o município está com a sua rede “esgotada”.
Em defesa, André Finamor, respondeu algumas das citações, e mostrou números da obra e da pesquisa sobre a cidade.
As projeções
Tapes hoje, tem 6.500 ligações de água, e, com a implantação do projeto, há a previsão de tratar cerca de 1.900 economias, 29%, cerca de 1/3 do projetado, vindo o restante 7% das economias que já aderiram à ETE.
“A companhia tem cinco quilômetros de rede prontas, perfazendo 40 casas ligadas já a estação de esgoto, podendo chegar a 430 residências atendidas. O centro da cidade será todo coberta pelo projeto; o objetivo é criar um sistema que bloqueie toda a emissão de esgoto para a lagoa, direcionando-a para a nova rede”, discorreu.
O projeto de Sistema de Esgotamento Misto de Tapes, em sendo executado será por parte da Corsan financiado, com recursos próprios, até obter a capacidade de se pagar, podendo ser implantado para outros setores do município.
As licenças ambientais, da mesma forma seriam solicitadas pela estatal.
A audiência Pública encerrou, porém, sem definição do quando será assinado o referido contrato.
Participaram, inclusive, desta audiência, representantes da Agergs e do Ministério Público.
Sistema de Esgotamento Misto de Tapes/Orçamento da Corsan
Interceptores (3) R$ 1.443.812,20
Estação de Bombeamento R$ 455.820,39
Total R$ 1.899.632,59
Reforma da ETE (cercamento, reforma do laboratório e limpeza de lagoas)
R$ 878.851,42
Total geral R$ 2.778.484,01
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