O deputado federal José Stédile (PSB/RS) protocolou um requerimento na Comissão de Viação e Transportes solicitando a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a duplicação e conclusão das obras da BR-116 entre Guaíba e Pelotas. O documento deve ser votado na comissão na próxima semana.
O parlamentar frisou o pedido na sessão da Câmara. “Não há pior obra do que a iniciada e inacabada. O Governo brasileiro tem esta dívida com o povo de Pelotas, de Rio Grande e de várias cidades que ficam na região sul do estado”, avaliou. O deputado justificou o pedido. “A duplicação é mais do que urgente e necessária para salvar vidas e trazer o progresso para região”.
Stédile sugere que na audiência sejam ouvidos o Ministro de Transportes, Maurício Quintella, o governador José Ivo Sartori, os prefeitos de Pelotas, Rio Grande, de outros municípios da região, além de representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).
Previsão era de dois anos
As obras de duplicação da BR-116 iniciaram em outubro de 2012. São 211,22 Km entre Guaíba e Pelotas. É a principal via de ligação com o sul do estado e ao porto de Rio Grande. Dividida em nove lotes beneficia diretamente onze municípios: Guaíba, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Tapes, Sentinela do Sul, Arambaré, Camaquã, Cristal, São Lourenço do Sul, Turuçu e Pelotas. O projeto ainda inclui a melhorias nas travessias urbanas, ruas laterais e obras de arte como viadutos, pontes e passarelas.
Quando estiver concluída a duplicação vai aumentar a capacidade de veículos, trazendo melhorias para a rodovia que hoje está saturada.
Inicialmente orçada em R$ 900 milhões, a previsão de conclusão era de dois anos. Devido à crise econômica houve atraso nos repasses do governo para as empresas contratadas, com isto alguns trechos avançaram e outros não, chegando a ficar completamente paralisados. Atualmente a duplicação da BR-116 está 57% concluída, mas ainda não prazo para a finalização dos trabalhos. Já foram gastos R$ 700 milhões.
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