Foto: Divulgação
Com o anúncio do governo federal de direcionar R$ 7,2 bilhões dos cofres públicos para trazer do exterior um milhão de toneladas de arroz, o deputado estadual Marcus Vinícius (Progressistas) cobrou providências do Ministério da Agricultura. O parlamentar afirma que a medida é infundada e ignora aspectos cruciais da realidade atual da produção e distribuição de arroz, não apenas no estado, mas no país.
O deputado sustenta que o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) informou que 84,2% da produção desta safra já havia sido colhida antes das enchentes que abalaram os gaúchos. A Federarroz confirma esses dados, apontando que, apesar de haver uma quebra de safra, a área plantada havia aumentado em mais de 7%, resultando em uma redução inferior a 2% na produção total se comparado aos números da colheita de 2023. “A alegação de desabastecimento não se sustenta quando analisamos os números concretos da produção. A importação do arroz está sendo feita sem base técnica, números e dados oficiais das entidades do setor”, afirma Marcus Vinícius. “O arroz foi uma das poucas culturas que tiveram baixo impacto pela calamidade. O que poderia garantir prejuízos menores em números absolutos, senão fosse a intervenção federal para prejudicar a economia gaúcha.”
Em consonância com o deputado, o presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, garantiu que não faltará arroz no mercado brasileiro. “O Rio Grande do Sul tem condições de atender o país. Reafirmo que não temos problemas para o abastecimento interno e não há necessidade de importação”, disse.
O parlamentar também critica o governo por zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de arroz de países fora do Mercosul:
“Não vejo medidas que exonerem o custo de produção do arroz aqui no Brasil. Se o governo Lula quer colocar alimentos baratos na mesa dos brasileiros, deveria reduzir impostos ligados à industrialização, ao consumo e à produção. Dessa forma, os supermercados conseguiriam vender o produto a um preço mais baixo, sem prejudicar a cadeia produtiva”, avalia.
O deputado destacou ainda que, se a intenção do governo é comprar produtos subsidiados, que compre arroz do Rio Grande do Sul:
“Temos quantidade suficiente para isso. O problema real não é a falta do cereal, mas sim as dificuldades logísticas enfrentadas pelo setor desde o início de maio”, opina.
Marcus Vinícius explica que a malha viária do estado sofreu danos significativos, impedindo a saída de caminhões de carga para outras regiões do país:
“Não falta arroz no Rio Grande do Sul. Faltam estradas e pontes para que nossa produção seja escoada. O governo federal aproveita a calamidade para atropelar o agro e agir de modo populista e demagógico”, pontua.
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