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Deputados federais gaúchos afirmam que medidas tomadas pela União para reconstrução do RS ainda são insuficientes

Em entrevista coletiva na sede da Federasul em Porto Alegre durante esta quarta-feira, cinco deputados federais da bancada gaúcha em Brasília dispararam duras críticas ao governo federal em relação às medidas tomadas para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Antes do tradicional evento “Tá Na Mesa”, a deputada Any Ortiz do Cidadania atacou a postura de deputados federais gaúchos em votar contra o perdão total da dívida do estado com a União, que chega a quase 98 bilhões de reais. Suspensa por três anos, deputados federais gaúchos voltaram a defender a extinção do débito, justificando o momento e a situação de calamidade pública.

“Com certeza se a gente estivesse em outra região do Brasil o tratamento do governo federal seria diferente”, lamentou a deputada.

“Era a oportunidade do Estado (de perdão da dívida). Daqui a três anos vamos ter um Estado quebrado, com muita dívida a pagar”, complementou o deputado federal Tenente Coronel Zucco (PL)

Segundo o deputado Osmar Terra do MDB, o decreto de calamidade em razão da enchente de maio, deveria beneficiar o Rio Grande do Sul na aprovação de projetos e envio de recursos da união

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“Estamos esperando a ajuda da União que ainda não veio. Os gaúchos estão esperando os recursos financeiros do governo federal”, destaca. Terra disse que não houve uma maneira articulada de enfrentar a crise no Rio Grande do Sul. “Boa parte das ações de recuperação do Estado foram feitas pela sociedade gaúcha”, acrescenta.

Já o deputado Coronel Zucco do Republicanos entende que muito pouco recurso efetivo foi entregue pelo governo federal ao Rio Grande do Sul.

Um dos pontos bastante criticados pelo grupo foi o programa de manutenção em emprego e renda criado pela União. Conforme o deputado Marcel Van Hattem do partido Novo, o ideal era ter reeditado a medida tomada pelo governo na pandemia. Van Hattem também afirmou que agronegócio ainda enfrenta muitas dificuldades de acesso ao crédito

 “Temos uma série de eventos e promessas que ainda não foram cumpridas. O presidente Lula esteve no Estado e disse que não faltaria um centavo para reconstruir o Rio Grande do Sul. Porém, muitas áreas carecem de recursos e suporte, principalmente o setor do agronegócio que não consegue realizar o refinanciamento das suas dívidas”, destaca

Covatti Filho do Progressistas, avalia que a mobilização em relação às questões da enchente no Rio Grande do Sul devem voltar a ganhar força depois das eleições.

“Temos um ambiente favorável para aprovação de projetos de lei para o Estado em razão da tragédia de maio”, acrescenta

O governo federal estima que mais de 50 bilhões foram repassados ao Rio Grande do Sul. A promessa é de que chegue a 90 bilhões de reais.

 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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