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Duplicação da ERS-118 utiliza tecnologia inédita no Brasil

A duplicação da ERS-118 é a primeira obra rodoviária do país a contar com um avançado método de restauração de rodovias pavimentadas. O equipamento, trazido dos Estados Unidos, utiliza tecnologia ressonante para fragmentar blocos de concreto e reaproveitá-los na reconstrução do trecho.

A importação da máquina foi o resultado de pesquisas do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) em conjunto com a empresa STE (Serviços Técnicos de Engenharia) e começou a ser implantada este mês pela construtora Sultepa na restauração da pista antiga da ERS-118, no lote entre os quilômetros 5 e 11 – de Sapucaia do Sul a Cachoeirinha. A fragmentadora opera em alta frequência: é capaz de golpear o pavimento de concreto 44 vezes por segundo, fazendo com que a laje fique em pedaços sem afetar as camadas inferiores.

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“O dispositivo consegue regular a amplitude dos golpes de forma que frature apenas a placa de concreto nos 20 centímetros estabelecidos”, explica o supervisor de obras da Sultepa, Auri Tartari. “Esse material fragmentado se assemelha ao rachão e passa a reforçar a estrutura da rodovia junto com as camadas abaixo, que foram perfeitamente preservadas na ação. Isso nos dá rapidez para implantar o pavimento novo na parte superior”, acrescenta. Segundo ele, o equipamento é comum nos Estados Unidos, Rússia, China e Europa, com destaque às obras nas autobahns – famosas rodovias de alta velocidade da Alemanha.

 

Menos gasto e impacto ambiental

A fragmentação por ressonância é conhecida ainda por diminuir o impacto ambiental e o custo das obras de recuperação de rodovias. De acordo com a coordenadora de projetos da empresa de assessoria técnica STE, Zélia D’Azevedo, a maior vantagem é o reaproveitamento da placa de concreto antiga sem a necessidade de removê-la. “O material normalmente é recolhido a um local de descarte devidamente licenciado, sendo necessária sua reposição”, detalha. “Se levarmos em consideração que o valor para remover o pavimento é de R$ 100 por metro quadrado, a economia que essa tecnologia gera é considerável”, conclui.

De acordo com o diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, o método comprova o pioneirismo do departamento na solução de demandas da malha rodoviária estadual. “Junto ao governo do Estado e à Secretaria dos Transportes, estamos empenhados em procurar formas inovadoras de viabilizar projetos prioritários, com o objetivo de otimizar prazos e recursos”, destaca. “No caso da ERS-118, a tecnologia de ressonância acelera o ritmo da duplicação no lote 2, que está em andamento. Ao mesmo tempo, trabalhamos para encaminhar os demais segmentos o mais breve possível para licitação”, finaliza.

Redação de Jornalismo

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