Foto: Divulgação
O Programa Primeira Hora recebeu nesta sexta-feira (26), o economista, Gonçalo Sobral Martins. Em pauta, Martins falou sobre a fala do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, sobre uma reparação ao Brasil sobre a escravidão.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na última terça-feira (23) que seu país tem responsabilidade sobre crimes do período colonial, como tráfico de pessoas na África, massacres a indígenas e bens saqueados. A fala não tem efeito prático e gerou críticas do partido Chega, de extrema-direita.
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Conforme Martins, a situação é complexa, pois há uma restrição de provas, principalmente no que se refere a questões envolvendo saques e apreensões materiais:
“Estamos a falar de eventos que ocorrem há mais de três séculos, portanto falamos de muito tempo e se perde a lógica de quem deve para quem. Depois para além da complexidade do tema, como saberemos quem foi saqueado, sem haver provas concretas”, diz o comentarista.
Rebelo é o chefe de Estado, ou seja, o representante público mais elevado do país e tem poder mais simbólico do que prático. O primeiro-ministro Luis Montenegro é o chefe de governo do país, que representa a figura principal da política do país e governa de fato. Ele foi empossado em março.
Questionado sobre Rebelo sugerir “pagar custos da escravidão” e que seu país “assume total responsabilidade pelos danos causados”, como massacres a indígenas:
“O Presidente Marcelo muitas vezes fala sem refletir sobre o que está a dizer, principalmente quando uma população inteira quando o mundo está com os olhares em nós. Principalmente ontem, dia da Revolução de Cravos”, destaca
Martins fala sobre o posicionamento do parlamento após as palavras do atual presidente e exemplifica a situação com o período histórico, onde Espanha era soberana ao território de Portugal:
“O novo primeiro-ministro não falou diretamente, mas o governo se manifestou oposto a fala. Eu não concordo com essa reparação entre Portugal e Brasil, como também não concordo com Espanha tenha que se retratar com Portugal”, afirma o economista.
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