Entra em vigor lei que proíbe canudos plásticos em Rio Grande

A lei que proíbe a distribuição de canudos plásticos por bares, lanchonetes e ambulantes na beira da praia em Rio Grande, na Região Sul do estado, entra em vigor nessa sexta-feira (18). Os comerciantes, porém, já estão adotando as novas alternativas menos poluentes, como canudo biodegradável e copos.

É o caso de Vitor Gonçalves, proprietário de uma sorveteria, que abriu em dezembro do ano passado e já investiu em canudos de papel. Custam entre R$ 0,25 e R$ 0,70, cerca de dez vezes mais caros do que os canudos de plástico. Mas, segundo ele, vale cada centavo.

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“Comprei os canudos e achei que todo mundo ia utilizar mas muitos clientes tu pergunta ‘quer canudo’, sem ele saber se é biodegradável ou não ele já diz ‘não quero’. Quando a gente mostra que o nosso é biodegradável, com estampas bonitas, eles ficam brincando e acabam levando o canudo só porque é colorido e diferente, bem legal”, descreve ele.

O ambulante Rafael de Souza Gonçalves também prefere os canudos de papel. “Preserva o meio ambiente e é melhor porque não polui muito a praia”, comenta ele. Jean Patrick Januário, que também trabalha como ambulante, concorda. “Ajuda a natureza também e com certeza não vai prejuicar o meio ambiente”, diz.

O projeto de lei é de autoria da vereadora Denise Marques e foi aprovado em setembro. “Nós somos uma cidade muito bonita, turística, temos aqui um ecossistema lindo e nós pensamos em trabalhar essa conscientização, porque mais importante do que punir é que a sociedade esteja consciente do seu papel, porque o lixo é responsabilidade de cada um”, explica ela.

Fiscalização da prefeitura

A lei será fiscalizada pela prefeitura. A nova regra proíbe o uso e o fornecimento de canudos plásticos aos clientes de restaurantes, lanchonetes, bares e similares, trailers de praia e vendedores ambulantes. A lei não prevê, no entanto, a proibição da venda nos supermercados, por exemplo. Os consumidores ainda podem usar outras opções, como o canudo de vidro e o de metal.

Em caso de descumprimento, é prevista multa de R$ 341. Se repetir a infração, vai pagar dobrado. A partir da terceira reincidência, o vendedor pode perder o alvará.

A maiori preocupação é com a praia do Cassino. O canudo, de acordo com estudos da ONU, é o 7º item mais coletado entre o lixo jogado ao mar.

Os animais também sofrem com os canudinhos que vão parar na natureza. Em cinco anos, o Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tratou de 218 tartarugas. Das que morreram, 75% tinham lixo no organismo.

Por isso, o comerciante Alexandre Baldez é mais um que aprova o uso dos canudinhos biodegradáveis.

“Tu chega na beira da praia é um caos. Por mais que tenha um esforço da prefeitura de manter limpo, o pessoal não tem a mania de juntar o lixo que está fazendo na beira da praia, não leva pra casa e fica ali, na natureza. Acho que a gente tem que ter esse bom exemplo, essa necessidade de carregar o seu lixo pra casa”, diz ele.

“Vou falar pros colegas meus, comerciantes, que façam isso. Que acabem com o uso do canudinho plástico e usem o biodegradável, que é bem melhor pra natureza”, completa Alexandre.

Redação de Jornalismo

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