Estado lança programa de educação antirracista em exposição no Memorial do Rio Grande do Sul

A Secretaria de Educação do Estado
quer que todos os professores estejam prontos para fazer parte da trilha
antirracista promovida pela Seduc, com formadores, que já começaram a inscrição.
Estão sendo selecionados 12 formadores: dois por área do conhecimento (Ciências
Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens) e quatro profissionais
com experiência em gestão escolar e/ou atuando em Coordenadorias Regionais.
Nesta quarta-feira (16) o governo do Estado lançou o programa de Educação
Antirracista.

Com a participação do governador
Eduardo Leite e da secretária Raquel Teixeira no Memorial do Rio Grande do Sul,
no hall da exposição a frase: “Palmares não é só um, são milhares: 50 anos do
20 de novembro”, chamava a atenção. De acordo com a secretária, Raquel Teixeira,
o curso é para fazer uma autoanálise na construção de combates do racismo, ela
acredita que crianças não nascem preconceituosas, se tornam racistas: “Brasil é
um país racista, dos 522 anos de existência, 388 foram sobre regime escravista.
Não tem como não ter uma carga de herança de um sistema injusto e cruel, justifica.

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Para o consultor, da Consultoria
Mahin Antirracista, Giovani Rocha, que auxilia o governo do estado no programa
o trabalho foi pensado de forma cascateada e deve iniciar cm a formação de
lideranças da secretaria, depois regionais, seguindo dos gestores e professores:
“o racismo estrutural está presente em todos os espaços, incluindo na escola. É
importante que o olhar antirracista esteja presente em todas as áreas de
atuação”, afirma.

Após processo de formação
oferecido pela Seduc, estes educadores vão elaborar e conduzir as formações das
equipes das coordenadorias de educação, a construção do conteúdo de cursos para
os professores e gestores da rede estadual, além de atuarem como pontos focais
nos polos para monitoramento e continuidade das ações focadas na educação
antirracista.

Naomy Oliveira, uma das gestoras
da Trilha na Seduc, destaca a importância da realização de um trabalho
articulado envolvendo todos os setores da secretaria, coordenadorias e escolas,
com o objetivo de alcançar resultados positivos na realidade das escolas: “A
trilha nasce da necessidade do olhar da gestão para a equidade. Começa na
secretaria e vai até escola, abordando as dimensões do racismo e a necessidade
de se ter mudanças estruturais. Iniciaremos com a formação da equipe gestora da
Seduc, depois dos coordenadores regionais e coordenadores pedagógicos, até
chegar na escola”, explica Naomy.

A estrutura da formação será
dividida em módulos que abordam temas como letramento racial e os impactos do
racismo na educação pública. A carga horária será de 90 horas e será
disponibilizada certificação para os 12 formadores selecionados.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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