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Estudante camaquense realiza pesquisa sobre sífilis no HNSA

O início do estágio curricular do acadêmico de Biomedicina da Ulbra, Thalisson Pitana, em julho de 2019, foi o pontapé para o começo de um trabalho com números surpreendentes no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), em Camaquã. Observando o aumento dos casos de infecção por sífilis congênita no país, o aluno logo percebeu, em análises laboratoriais, que os números de gestantes reagentes naquela unidade também chamavam a atenção. Após identificar isso, surgiu o trabalho intitulado “A doença em sífilis congênita”.

De acordo com Pitana, a maior motivação para a pesquisa no HNSA foi a necessidade de conscientização da comunidade sobre um problema que vem crescendo vertiginosamente. “O trabalho vem para fazer um alerta para o município de uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) que tem complicações graves para toda criança e família, e que é de tratamento simples e eficaz”, explicou o jovem, que coletou os dados de 1.135 nascimentos na maternidade do local, de janeiro a dezembro de 2019, uma média de 95 nascimentos por mês. Nessas amostras, a frequência de sífilis gestacional foi de 4,4% e de sífilis congênita foi de 2,0%.

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Natural de Camaquã, o acadêmico de Biomedicina possui laços fortes com a região e destacou que o trabalho pode servir como base para campanhas que conscientizem a população e ajudem no diagnóstico precoce da sífilis. “A infecção no recém-nascido, caso não tenha ocorrido o aborto espontâneo, traz grandes consequências para a vida deste indivíduo, gerando limitações e gastos com saúde pública. Esses dados alertam a prevalência da região centro-sul e podem ajudar no desenvolvimento de campanhas de prevenção e controle da sífilis. Precisamos ressaltar sempre a importância do diagnóstico precoce, a realização do pré-natal e do tratamento correto”, frisou.

Trajetória e experiência adquirida na graduação

Após oito semestres, Thalisson Pitana está próximo de concluir a sua graduação. O estudante apresenta o seu trabalho de conclusão de curso no início do próximo mês. Sobre sua trajetória na Ulbra, o acadêmico diz que só pode agradecer pelos bons momentos no período em que frequentou o campus. “Foi incrível. A proximidade com os professores, a estrutura que tem à nossa disposição e a preocupação da Ulbra com a comunidade, não só na área da saúde, mas social, são algumas das coisas que vou levar para o meu futuro profissional”, elogiou.

O jovem também fez questão de ressaltar a importância do suporte de sua orientadora, durante o processo todo. “Minha orientadora foi fundamental para a construção de todo o projeto desde o início. Graças a ela e a tudo que aprendi nestes anos, eu só precisei colocar em prática aquilo que eu já sabia, então acabou se tornando mais fácil”, finalizou, ao se referir à professora Allyne Cristina Grando, que possui experiência em laboratório de análises clínicas nos setores de bioquímica, imunologia sorológica e hormonal, líquidos corporais, parasitologia e hematologia, além de supervisionar algumas disciplinas de estágio do curso de Biomedicina da Ulbra.

Redação de Jornalismo

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