Estudantes ocupam escola em São Lourenço do Sul

Grupo de alunas do Instituto Estadual de Educação Dr. Walter Thofehrn, em São Lourenço do Sul, ocupa a escola desde a noite de segunda-feira (23). A informação foi confirmada nesta tarde, por telefone, pela diretora da instituição, professora Ana Koglin. De acordo com ela, a ocupação foi pacífica e democrática. Oito estudantes do último ano do Ensino Médio estão à frente do movimento – o primeiro do gênero no município.

A diretora não esconde a simpatia pela causa que levou às alunas a se decidirem pela ocupação. Conforme Ana, além da solidariedade aos professores estaduais em greve, as estudantes deixam clara a defesa pela escola pública. “É com orgulho que vejo os alunos se posicionando e lutando pela escola pública, é uma prática de cidadania”, disse.

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Afora o convívio com professores que recebem baixos salários e de forma parcelada, alunos que dependem do transporte escolar para se deslocar até as unidades de ensino não dispõem do serviço.

Empresários do setor reclamam que ainda não receberam os repasses do governo do Estado neste ano letivo. Enquanto o impasse persistir, eles não pretendem retomar a atividade. Com isso, estima-se que quase mil estudantes dos turnos da manhã, tarde e noite que moram na zona rural ou em bairros distantes da área central de São Lourenço do Sul estejam impedidos de frequentar as aulas mesmo em unidades onde a greve dos professores é parcial.

Caso da escola ocupada. Na Walter Thofern, educandário que oferece Ensino Médio politécnico e cursos técnicos pós Médio, dos 48 professores apenas sete aderiram ao movimento grevista. No entanto, por motivos de segurança e até para não prejudicar os alunos que estão impossibilitados de frequentar o Instituto, a duração das aulas caiu de 50 para 30 minutos. “Vamos recuperá-las”, promete a diretora. Na noite desta terça-feira, direção, professores e as estudantes que ocupam o local irão debater a situação com os pais dos alunos “para desmistificar qualquer impressão equivocada que possa surgir”, completa Ana Koglin.

O Diário Popular procurou no fim da tarde desta terça-feira a 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para tratar da pauta sobre a ausência do serviço de transporte escolar em SLS, mas foi informado que o responsável pelo setor de finanças da Coordenadoria já havia se retirado.

Se São Lourenço do Sul contabiliza a primeira escola ocupada, em Pelotas o número chega a oito: Assis Brasil, Dom João Braga, Luiz Carlos Corrêa da Silva, Cassiano do Nascimento, Monsenhor Queiroz, Félix da Cunha, Antônio Leivas Leite e Nossa Senhora de Lourdes. Até segunda-feira, na região, outras 15 escolas registravam ocupações – dez no Rio Grande e uma em Capão do Leão, São José do Norte, Canguçu, Herval e Piratini.

Redação de Jornalismo

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