Ex-presidente Lula lamenta dificuldade de união da esquerda no Rio Grande do Sul

Em um discurso que durou um pouco mais de 40 minutos para 5.500 pessoas no Pepsi On Stage em Porto Alegre, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse lamentar a dificuldade de união dos partidos de esquerda no Rio Grande do Sul e fez um apelo para um palanque mais unido. Logo na abertura, Lula relembrou em evento a negociação com Leonel Brizola para ter seu apoio em 1989, e demonstrou insatisfação em não ter candidatos a governador e senador definidos no estado.

“Por favor, sentem na mesa. Tomem até um aperitivo, se quiserem. Mas tentem encontrar uma solução para que a gente não chegue ao Rio Grande do Sul e não tenha ao nosso lado o candidato a governador, a vice e ao Senado. Fica uma coisa meio trouxa” ,disse o ex-presidente.

O PT e PSB se aliaram no plano nacional tendo como mote a indicação do ex-tucano Geraldo Alckmin como vice na chapa. Mas  ainda há indefinições nos palanques também em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pernambuco. A meta dos dirigentes nacionais é definir o quadro completo até o dia 15 deste mês.

No Rio Grande do Sul, a pré-candidatura de Edegar Pretto avança, e de Beto Albuquerque do PSB – que não esteve presente no evento –  aparece à frente do candidato petista nas pesquisas, mas a resistência do PT gaúcho em uma coligação com Beto ainda é grande. Além das negociações políticas, Lula falou pouco sobre Jair Bolsonaro — que não foi citado nominalmente – e muito sobre a questão da fome no Brasil. Já o pré-candidato a vice, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, disse que vai trabalhar para trazer Lula de Volta ao poder e defendeu a educação.

 

“Para salvar a democracia, o Brasil precisa da volta do presidente Lula”,  enfatizou Alckmin

Lula discursou em um espaço , cuja lotação, conforme os organizadores, é de 7.000 pessoas. Em Porto Alegre desde a manhã, o pré-candidato à presidência pelo PT teve uma agenda que mostrou preocupações com a segurança. No evento, diversas lideranças de partidos que compõe a coligação de Lula discursaram para plateia de militantes de partidos de esquerda e movimentos sociais. A Polícia Federal apresentou na terça-feira (31) um esquema de segurança inédito que será disponibilizado para a proteção dos candidatos à Presidência.

Foto: Camila Mattos/Acústica FM