Família e amigos de Bruno de Leon, jovem que morreu de pancreatite em Camaquã, protestam por justiça. Foto: Divulgação
Na tarde deste domingo (24), familiares e amigos de Bruno de Leon, jovem que morreu de pancreatite aos 25 anos, em 16 de março, se reuniram em manifestação no centro de Camaquã. O ato em frente ao Hospital Nossa Senhora Aparecida ocorreu em protesto por justiça.
O grupo solicita respostas por parte do hospital, afirmando houve negligência e imperícia por parte dos médicos. Em entrevista exclusiva para a Rádio Acústica FM, a viúva de Bruno, Ester Machado, detalhou a trajetória do marido em busca de tratamento para fortes dores abdominais, que culminaram em um quadro grave de pancreatite e, posteriormente, em seu falecimento.
Segundo a família, após ser encaminhado para o Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), Bruno de Leon foi diagnosticado com pancreatite, causada pela obstrução do canal biliar por uma pedra na vesícula. Apesar de ter sido internado e medicado, recebeu alta no dia 24 de dezembro, com a promessa de que a cirurgia para retirada da vesícula seria agendada para janeiro.
O que se seguiu foram crises de dor, idas e vindas à UPA, e a sensação de que o problema de Bruno de Leon não recebia a devida atenção. Em fevereiro, após procurar o hospital novamente, Bruno foi informado de que possuía uma inflamação crônica na vesícula e necessitava de cirurgia urgente. No entanto, foi liberado e orientado a aguardar contato do ambulatório.
Ester disse na entrevista, que no dia 21 de fevereiro, Bruno retornou ao hospital com dores insuportáveis, mas foi informado de que a espera para atendimento seria de 4 a 6 horas. Desesperado, procurou a UPA, onde foi medicado e mandado para casa. No dia seguinte, o quadro se agravou e Bruno foi levado ao hospital em estado crítico.
“Ele estava branco, pálido, urrava de dor e parecia que tinham colocado ele embaixo de um chuveiro, de tanto suor”, descreveu Ester.
Durante a entrevista, as familiares ainda contaram que queriam realizar cirurgia paga, com o intuito de acelerar o processo, mas que isso não teria sido permitido
Apesar de receber altas doses de morfina, Bruno não obteve alívio e a cirurgia não foi realizada. Segundo a viúva, a equipe médica alegou que era final de semana e o cirurgião “não gostava de operar em final de semana”. Ainda conforme Ester, a família estava disposta a pagar para realizar a cirurgia de forma particular, mas os médicos disseram que não havia necessidade.
Após ser internado, Bruno de Leon foi transferido para a UTI, mas seu estado continuou a piorar, inclusive com a necessidade da realização de hemodiálise. Familiares disseram que tentaram transferi-lo para Porto Alegre, mas teriam sido convencidos pela equipe médica, que seu quadro estava melhorando. No entanto, ao chegar no Hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre, os médicos constataram que o pâncreas de Bruno estava 90% necrosado e que suas chances de sobrevivência eram nulas. Bruno faleceu 16 dias depois.
Veja neste link registros da manifestação.
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