Foto: Paulo Lanzetta/ Embrapa
A cadeia produtiva do arroz, que já vinha sofrendo com a instabilidade climática, foi duramente atingida por estiagens, ciclones e, mais recentemente, pelas enchentes de maio de 2024. O resultado é um setor endividado, com dificuldades econômicas crescentes e incertezas quanto ao futuro. Em entrevista à Rádio Acústica FM, o diretor executivo e jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Anderson Belloli, expôs o cenário dramático vivido pelos produtores de arroz do Rio Grande do Sul.
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Belloli destacou que as manifestações dos produtores são legítimas e buscam chamar a atenção do governo para a necessidade de medidas emergenciais. “Não é só uma reivindicação, é um pedido de socorro para evitar a falência de milhares de produtores e garantir a continuidade do abastecimento de arroz no país”, afirmou.
Segundo o diretor, a situação se agravou nos últimos anos devido à combinação de excesso de produção, custos elevados, perda de competitividade internacional e queda nas exportações. “Vivemos uma tempestade perfeita. O preço do arroz despencou e muitos produtores estão no prejuízo”, explicou. Atualmente, a saca de arroz é vendida por cerca de R$ 65, enquanto o custo de produção gira entre R$ 85 e R$ 90, inviabilizando a permanência de pequenos e médios produtores.
Belloli também criticou a recente intervenção federal, que anunciou um suposto risco de desabastecimento de arroz, o que, segundo ele, pressionou ainda mais os preços para baixo. “O anúncio foi equivocado e trouxe mais insegurança ao mercado”, avaliou.
Diante da crise, a Federarroz tem articulado negociações com bancos, governos estadual e federal, e empresas do setor, buscando alongamento de dívidas, redução de tributos e políticas que possam devolver competitividade ao arroz gaúcho. “Se não houver ações rápidas, a tendência é de redução da área plantada e risco real de desabastecimento no futuro”, alertou Belloli.
A entrevista termina com um apelo para que políticas públicas eficazes sejam implementadas imediatamente, a fim de evitar a quebra de mais empresas e preservar a cadeia produtiva do arroz, considerada vital para a economia do Rio Grande do Sul e para a segurança alimentar do Brasil.
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