No terceiro dia da greve dos caminhoneiros, a mobilização deu novos sinais de arrefecimento no Rio Grande do Sul. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, no final da tarde desta quarta-feira, havia apenas dois pontos de concentração de veículos e motoristas nos acostamentos na BR-472, em Santa Rosa, e na BR-392, em Porto Xavier.
— O que temos é aglomeração à beira de rodovia, mas desde terça-feira não há mais bloqueios — afirma André Kleinowski, chefe substituto da Comunicação Social da PRF.
Nas estradas estradas estaduais, inexistem registros de obstruções, informa o tenente-coronel Francisco de Paula Vargas Júnior, comandante do Batalhão Rodoviário da Brigada Militar.
Caminhoneiros prometem retomar os piquetes a partir da noite desta quarta-feira e madrugada de quinta.
— Em Soledade foi dada uma pausa, mas vamos voltar a bloquear. Deve começar amanhã (quinta-feira) — diz um profissional da região, que esteve reunido com cerca de 30 motoristas para discutir a retomada do movimento.
Conforme integrantes do Comando Nacional dos Transportes, que lidera a greve sem a participação de sindicatos, as obstruções devem retornar em cidades como Carazinho, Saldanha Marinho, Passo Fundo, São Sepé, Pelotas, Camaquã e Três Cachoeiras.
— Se o tempo colaborar, com certeza vamos voltar com mais intensidade — diz Fábio Roque, caminhoneiro de Santa Rosa.
A categoria avalia que o enfraquecimento da greve no Estado ocorreu por três motivos: chuvas, decisão da PRF de escoltar para além dos piquetes os que não querem participar e anúncio do governo federal de elevação de R$ 1.915 para R$ 5.746 do valor da multa aplicada a motoristas que usarem veículos para bloquear rodovias.
Estabelecidas a partir de uma Medida Provisória, as normas mais severas preveem penalidade de R$ 19.154 para os organizadores das obstruções.
Em Três Cachoeiras, grevistas conversam com advogados para estudar ação judicial que procure evitar as sanções.
— Todos têm o direito à manifestação. Chega a ser engraçado uma multa de R$ 5 mil. Estamos em uma democracia? O MST bloqueia rodovias. Nossa pauta não tem nada a ver com a presidente (O Comando Nacional dos Transportes quer a renúncia de Dilma Rousseff). Nossa bandeira é o caminhoneiro. Há oito meses o governo nos prometeu diesel com melhor preço, pedágio sem pagar o eixo levantado, tabela de preço mínimo do frete. Hoje estamos pagando para trabalhar — analisa Vinícius Matos Valim, integrante do movimento dos caminhoneiros autônomos de Três Cachoeiras.
Com a ameaça de multas pesadas, os manifestantes estão organizando novos formatos de protesto.
— Vamos fazer um caminhonaço. Vai começar na BR-386, em Canoas, pegaremos a BR-116 e, depois, vamos povoar Porto Alegre de caminhões. Vai ser na sexta-feira pela manhã. Se o governo multa quem fica parado em rodovia, vamos andar em comboio — avisa Fábio Roque.
O governo federal classifica o movimento como político. A presidente Dilma Rousseff, em entrevista coletiva no Rio nesta terça-feira, afirmou que é “crime” trancar rodovias. Ela citou consequências como os prejuízos à economia e o desabastecimento.
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