Deputados apoiam ação para destinar R$ 500 milhões de fundo ao RS. Foto: Divulgação
O impacto da importação de leite à produção gaúcha é o tema da audiência pública híbrida que será realizada na próxima quinta-feira (10), às 10h, pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia. O debate é proposto pelos deputados estaduais Zé Nunes (PT) e Elton Weber (PSB), e acontece no Plenarinho do Parlamento gaúcho. Aumento dos custos de produção, sucessivas estiagens e importações desenfreadas causam desestímulo no meio rural. Nos últimos anos, mais de 45 mil famílias já deixaram a atividade. Os parlamentares defendem que o setor seja priorizado, com proteção e estímulo à produção familiar e fortalecimento das instituições criadas para a gestão da cadeia.
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De acordo com Zé Nunes, a produção de leite passa por um período difícil pois há fatores que têm impactado o setor, como a variação dos custos de produção, as estiagens e a importação de milho. “Para agravar esse cenário, tem crescido a importação de leite do Mercosul, como indicam vários dados referentes à importação de leite. Esses fatores trazem impactos e levam à perda de competitividade, fragilizando o setor e causando preocupação às famílias dos produtores, às cooperativas e às agroindústrias. Precisamos enfrentar este debate de frente. Precisamos encarar este debate de frente”, explicou.
Presidente da Frente da Agropecuária Gaúcha, Weber esteve junto com a Fetag em audiências em Brasília, solicitando que o governo federal limite as importações e adote mecanismos para recuperar o preço ao produtor. “Os produtores do Rio Grande do Sul estão sofrendo com os subsídios que os agricultores da Argentina recebem do seu governo na exportação de leite em pó e produtos lácteos para o Brasil. E tem setores, como redes de supermercado e indústrias, se beneficiando disso. Nós precisamos de um controle maior, cotas de importação do Mercosul, para que nosso produtor não continue perdendo dinheiro todo mês. Além disso, precisamos que o governo compre estoques do produtor brasileiro para que haja uma normalidade de preço. O agricultor não quer esmola, quer condições de igualdade para produzir” disse.
Fonte: Marcela Santos/assessoria de imprensa
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