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Juro do rotativo do cartão de crédito sobe para 490,3%

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito voltou a subir nas semanas que antecederam a adoção das novas regras para o funcionamento dessa operação financeira. A taxa média subiu 2,5 pontos porcentuais de fevereiro para março, informou nesta quarta-feira, o Banco Central (BC). Com isso, a taxa passou de 487,8% para 490,3% ao ano. O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial.

Desde o início de abril, a nova regra prevê que clientes só poderão usar o rotativo por até 30 dias. Após esse prazo, bancos terão de oferecer uma nova linha de crédito com juros menores para o consumidor. Muitas instituições têm oferecido o crédito parcelado do cartão. No parcelado do cartão, o juro teve queda de 5 pontos porcentuais de fevereiro para março, passando de 163,5% para 158,5% ao ano.

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Os números divulgados pelo BC, no entanto, ainda são referentes a março e, por isso, não é possível avaliar ainda um eventual impacto da mudança no rotativo do cartão.

 

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro caiu de 42,0% em janeiro para 41,8% em fevereiro. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento passou de 23,5% em janeiro ante 23,4% em fevereiro. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 21,5% em janeiro para 21,2% em fevereiro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 19,0% para 18,7%.

 

Estoque de crédito

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,2% em março ante fevereiro, para R$ 3,077 trilhões. Em março de 2016, o estoque de operações de financiamento estava em R$ 3,161 trilhões. Em 12 meses, houve baixa de 2,7% e, no acumulado deste ano, queda de 0,9%.

Houve redução de 0,3% para pessoas jurídicas em março ante fevereiro, queda de 2,9% no ano e recuo de 8,5% em 12 meses. No caso de pessoas físicas, os dados mostraram avanço de 0,6% no saldo em março, alta de 1,0% no ano e avanço de 3,7% em 12 meses.

De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre subiu 0,3% no mês, cedeu 1,4% no acumulado do ano e recuou 3,6% em 12 meses. Já no caso do direcionado, aumentou 0,1% em março, cedeu 0,5% no ano e teve baixa de 1,7% em 12 meses.

No crédito livre, houve avanço no saldo de 0,5% para pessoas físicas no mês, alta de 0,1% no ano e alta de 1,1% no acumulado de 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve estabilidade em março, queda de 3,0% no ano e baixa de 8,4% em 12 meses. O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 48,7% em fevereiro para 48,6% em março. Em março de 2016, estava em 52,3%.

Redação de Jornalismo

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