Leite adia em 30 dias vigência dos decretos que cortam incentivos fiscais

O governador Eduardo Leite decidiu adiar por 30 dias o início da vigência dos decretos que reduzem benefícios fiscais, previstos para entrar em vigor no dia 1º de abril. Em nota, o governo diz que neste período, o Piratini vai analisar uma carta recebida em que 23 entidades empresariais pedem a retomada da discussão do projeto que prevê o aumento de ICMS, com alíquota de 19 % em vez de 19,5%.

Se Leite decidir retomar o plano A, o governo terá de enviar novo projeto de lei à Assembleia Legislativa, que precisaria ser aprovado pela maioria dos deputados. Caso seja chancelado pelos parlamentares, o governo suspenderia definitivamente a revisão de benefícios. 

Publicidade

Caso os deputados aprovem o aumento na alíquota de ICMS, o novo percentual só poderá ser aplicado a partir de 2025, em razão do princípio da anualidade. 

No entanto, há uma divisão entre o empresariado. A Federasul é contra qualquer tipo de aumento de imposto e se mostra irredutível.

A Fiergs também lançou uma nota hoje pela manhã afirmando que encaminhou documento ao Governo do Estado e ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito, demonstrando que as alíquotas efetivas de ICMS sobre combustíveis já superam os limites estabelecidos nas Leis Complementares 192 e 194. Dessa forma, é possível que a arrecadação atual de ICMS já esteja compensando as perdas previstas pela Secretaria da Fazenda. Assim, há alternativas que tornam o corte de incentivos fiscais desnecessário

No final de 2023, o Palácio Piratini já tinha apresentado proposta similar, em que a alíquota seria meio ponto percentual maior — 19,5%. À época, líderes empresariais se mobilizaram e fizeram pressão contra o projeto. Sem apoio dos deputados, o governo retirou a proposta da Assembleia para não ser derrotado em plenário.  

A elevação da alíquota geral de ICMS era o “plano A” do Palácio Piratini. Como não avançou, Leite optou pelo “plano B”, o corte de incentivos fiscais. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) havia estimado que, assim que os decretos entrassem em vigor, o preço de uma série de alimentos aumentaria 3,5%. Os impactos maiores seriam no pão francês, no tomate e no ovo de galinha, que subiriam 13,6%. 

 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

Recent Posts

Hoje na história: 01 de maio – Primeira aparição de Bob Esponja

Acompanhe os fatos que marcaram o dia de hoje na história

8 horas ago

Fumaça preta causada por queima irregular de lixo assusta moradores em Camaquã

O incêndio foi registrado no final da tarde desta quarta-feira (30)

13 horas ago

Açougue é interditado por falta de higiene em Sentinela do Sul

Ao todo, 1,5 tonelada de alimentos impróprios foram apreendidos durante as fiscalizações realizadas em três…

14 horas ago

Agências bancárias estarão fechadas no feriado pelo Dia do Trabalho

Na sexta-feira (02), o atendimento ao público segue normalmente

16 horas ago

Saiba quais são as regras para trabalhar no feriado de 1º de maio

Confira o que diz a Lei e como proceder em caso de irregularidades

16 horas ago

This website uses cookies.