Leite envia ofício a Lula que pede garantias formais
O governador Eduardo Leite (PSDB) enviou um ofício nesta terça-feira no qual pede garantias formais à União de que o Estado não perderá recursos, caso opte por aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
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No documento de dez páginas encaminhado hoje, o Palácio Piratini elenca as consequências que os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à lei, sancionada há duas semanas, poderiam causar às finanças do Rio Grande do Sul. Segundo a equipe de Leite, o Estado perderia de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões.
“Hoje nós estamos protocolando uma consulta formal com os pontos que precisam de esclarecimentos. Nossas preocupações recaem sobre dois itens: o Estado não ser demandado a fazer aportes ao Fundo de Equalização Federativa (FEF) e ser mantida a suspensão dos pagamentos de dívidas garantidas — que são dívidas com organismos internacionais, que a União está pagando pelo Estado e cujo pagamento é incorporado ao saldo devedor. O Estado pagará à União esses valores”, declarou o governador.
Em entrevista coletiva no final da tarde no Palácio Piratini, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a garantir que o Rio Grande do Sul não vai perder recursos se aderir ao Propag e disse que o Estado terá a solicitação de garantias formalizada.
“Nenhum centavo será retirado do que foi combinado. Nosso entendimento, da Advocacia-Geral da União (AGU), da Procuradoria-Geral da Receita e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), é de que isso não está na lei; não há o menor risco. Ofereci ao governador que formalizasse um pedido de esclarecimento para confirmar por escrito essa decisão. O Ministério da Fazenda irá responder confirmando que isso não tem previsão legal, em momento nenhum foi intenção do governo federal, e a lei aprovada diz isso”, complementou.
Em 14 de janeiro, depois da publicação da lei, o vice-governador Gabriel Souza e o governador Eduardo Leite passaram a criticar publicamente os vetos do presidente, alegando que, da forma como foi publicada, a lei retiraria do Estado de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões entre 2025 e 2027. Na avaliação deles, a lei, da forma como ficou, retiraria do Estado o benefício de suspensão do pagamento da dívida até abril de 2027.
Em entrevista na semana passada, o Secretário Nacional do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, garantiu que a interpretação do governo do Estado não procedia e que a renegociação é extremamente vantajosa para o Rio Grande do Sul no curto, médio e longo prazos.
Segundo o governo federal, caso o Rio Grande do Sul opte pela adesão ao novo programa, terá uma economia de mais de R$ 27 bilhões no pagamento das parcelas da dívida com a União até 2035. Além de impactar o pagamento mensal das parcelas da dívida, a eventual adesão também reduz o chamado estoque, isto é, o total do débito.
Se o Rio Grande do Sul não aderir ao Propag, em 2035, a dívida gaúcha estará ao redor de R$ 140 bilhões. Se o RS aderir ao Propag, a dívida ficará em R$ 112 bilhões.
Após a entrevista de Ceron, Eduardo Leite agradeceu as explicações, mas destacou que os pontos que ele trouxe precisam estar claros na lei.
Confira a nota técnica do governo federal:
O Propag
O programa prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas em até 30 anos. Também cria um fundo de equalização federativa para compensar os estados em boa situação fiscal. O objetivo, segundo o governo federal, é criar condições para o aumento da produtividade, enfrentamento das mudanças climáticas, melhoria da infraestrutura, segurança pública e educação, especialmente na formação profissional.
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