Foto: Cpers
Uma pesquisa voltada à comunidade escolar, realizada pelo Cpers revela que, nas escolas estaduais, faltam ao menos 1.634 profissionais, entre docentes, funcionários e especialistas.
O levantamento, divulgado nesta semana, aponta que a ausência desses trabalhadores impacta diretamente a qualidade do ensino e sobrecarrega os que permanecem em atividade.
Falta de professoras(es): 660
Falta de funcionárias(os): 544
Falta de especialistas: 430
Entre as disciplinas com maior déficit de docentes, Inglês lidera a lista, com 58 vagas em aberto, seguida por Matemática (45), Educação Física (34) e Língua Portuguesa (27).
Também há carência significativa em Artes (22), Física (18) e Geografia (18).
Outras matérias fundamentais, como Ciências (15), História (15), Biologia (14) e Espanhol (11), também registram escassez de profissionais, o que evidencia um impacto direto na qualidade do ensino oferecido aos estudantes da rede estadual.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 de fevereiro e 20 de março de 2025. As respostas foram coletadas por meio do Radar do Cpers.
Segundo o sindicato, as condições das escolas também foram avaliadas no estudo. Das 886 respostas recebidas, 472 relataram problemas estruturais graves. Entre os mais recorrentes, estão:
Rede elétrica comprometida: 310
Telhados danificados: 241
Infiltrações: 177
Problemas hidráulicos: 142
Obras atrasadas: 121
Muros em risco de desabamento: 101
Além disso, quando questionadas sobre a capacidade da rede elétrica para suportar o uso de equipamentos eletrônicos, 282 pessoas afirmaram que ela não suporta, e 143 disseram que suporta apenas parcialmente.
Outro dado preocupante: 274 escolas possuem obras iniciadas que nunca foram concluídas.
Os meses de fevereiro e março foram marcados por temperaturas extremas, e o levantamento do Cpers trouxe dados sobre as condições de climatização:
Ventiladores:
117 escolas não possuem nenhum equipamento;
143 possuem apenas em alguns espaços.
Ar-condicionado:
242 escolas não possuem;
92 contam com aparelhos apenas em parte das instalações.
De acordo com os dados coletados, 63 escolas foram atingidas pela enchente, e, até o momento, 17 ainda aguardam a conclusão das obras de recuperação.
O Cpers afirma que a falta de climatização torna insustentável a permanência de alunos e educadores nas escolas. Quando questionados se, em dias de calor extremo, é possível manter as aulas de forma adequada, 388 responderam que não.
As enchentes de maio de 2024 também impactaram as estruturas das instituições de ensino. Conforme o levantamento, 63 escolas foram afetadas pelo desastre, e 17 ainda aguardam reparos.
A Secretária estadual da Educação de manifestou por nota. Confira
Para garantir a retomada das mais de 600 escolas estaduais danificadas após a catástrofe climática, o governo do Estado investiu mais de R$ 180 milhões entre reposição de mobiliário, parcelas extras de Agiliza, repasses para merenda, equipamentos e obras.
Somente de Agiliza, foram mais de R$ 72,2 milhões entre os meses de junho e dezembro de 2024; R$ 40,3 milhões entre mobiliário e equipamentos e, para recuperação das escolas atingidas pela enchente, foram investidos mais de R$ 70 milhões em obras – sendo 134 demandas em 117 escolas -, número que está em constante atualização, já que há projetos em andamento.
Sobre a gestão do quadro de recursos humanos nas escolas estaduais, a Secretaria da Educação esclarece que realiza monitoramento diário junto às Coordenadorias Regionais de Educação para o atendimento das demandas das instituições de ensino..
Para que a reposição de profissionais possa ser realizada com a maior rapidez possível, a secretaria constitui periodicamente editais de contratação temporária, de modo a resolver necessidades emergenciais como no caso de aposentadorias e exonerações.
Ainda, a Seduc esclarece que, durante a preparação para o início do ano letivo, foi solicitado às escolas da rede estadual a manifestação sobre necessidades de RH para o início das aulas, com o objetivo de minimizar os prazos para o preenchimento de vagas abertas.
Obras
Desde 2023, quando, no início da atual gestão, o governador Eduardo Leite colocou a educação como prioridade de seu segundo mandato, já houve a conclusão de 393 obras em 351 escolas, totalizando R$ 117,2 milhões investidos.
Em 2025, até o momento, foram concluídas 55 demandas de 54 escolas, totalizando R$ 24 milhões. Somadas às em fase de contratação, por iniciar ou em execução, são 242 demandas atendidas e R$ 216,1 milhões investidos na rede estadual de ensino somente neste ano.
Nos últimos anos, houve um significativo crescimento nos valores destinados às melhorias na infraestrutura da rede escolar.
A média de valores investidos passou de R$ 18 milhões de 2018 a 2022 para R$ 47 milhões entre 2023 e 2024. Só no primeiro semestre de 2025, já foram destinados R$ 24 milhões.
Os atendimentos de manutenção das escolas receberam um importante impulso a partir de março de 2024 quando foi lançada a contratação simplificada pela Secretaria de Obras Públicas (SOP).
Nesse sistema, as licitações são feitas por lotes, conforme a área de abrangência das Coordenadorias Regionais de Obras Públicas (Crops).
Não é preciso fazer uma licitação para cada reforma. Basta acionar a empresa pré-contratada responsável pelo lote que a escola integra e demandar o serviço em um “catálogo” à disposição da SOP, com prazos muito menores em relação aos processos anteriores.
Uma mesma região pode ter mais de um lote, sendo atendida por mais de uma empresa.
O tempo entre a solicitação da demanda e o início dos trabalhos caiu de mais de mil dias em 2019 para aproximadamente 90 em 2024.
Atualmente, pela contratação simplificada, o governo investe R$ 94,1 milhões em 93 demandas de 80 escolas, entre obras em execução, por iniciar ou em fase de contratação.
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