Lula anuncia reajuste do salário mínimo para R$ 1.518 em 2025. Foto: Reprodução/Claudio Kbene/PR
Em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no último dia 30 de dezembro, um decreto que estabelece o novo valor do salário mínimo no Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo passará de R$ 1.412,00 para R$ 1.518,00, representando um aumento de R$ 106, ou 7,5%. Este reajuste é resultado de uma combinação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e um ganho real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme as novas diretrizes estabelecidas pelo governo.
Durante a assinatura do decreto, o presidente Lula enfatizou a importância de garantir que o salário mínimo sempre tenha um reajuste acima da inflação, reafirmando seu compromisso com a distribuição de renda e a valorização do trabalho:
“O salário mínimo é uma ferramenta essencial na luta contra a fome e a pobreza, e sua valorização é fundamental para o desenvolvimento econômico do país”, destacou Lula.
O novo cálculo do salário mínimo, que inclui um teto de 2,5% para o aumento real, foi implementado para alinhar os reajustes às novas regras fiscais do governo, que visam garantir a sustentabilidade das contas públicas. Essa mudança é um passo significativo após anos em que o salário mínimo não recebeu aumentos reais, entre 2017 e 2022.
Estima-se que cerca de 59 milhões de brasileiros dependem do salário mínimo, incluindo 19 milhões de aposentados e pensionistas. O novo valor também impactará diversos benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego, que são indexados ao salário mínimo.
A decisão de reajustar o salário mínimo é vista como um avanço nas políticas sociais do governo Lula, que busca não apenas melhorar as condições de vida dos trabalhadores, mas também estimular a economia nacional em um momento de recuperação pós-pandemia.
Desde a implementação do Plano Real em 1994, o salário mínimo brasileiro passou por diversas mudanças que refletem as condições econômicas e sociais do país. A seguir, apresentamos uma retrospectiva dos principais reajustes do salário mínimo desde a sua criação até os dias atuais.
O salário mínimo foi fixado em R$ 64,79 em julho de 1994, quando o Plano Real foi lançado. O objetivo era estabilizar a economia brasileira e controlar a hiperinflação que assolava o país.
Durante os anos seguintes, o salário mínimo teve reajustes moderados, acompanhando a inflação. Em 2002, o valor do salário mínimo era de R$ 200,00, refletindo um aumento gradual, mas sem ganhos reais significativos.
Com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o salário mínimo começou a ser valorizado de forma mais consistente. Em 2003, o mínimo foi reajustado para R$ 240,00, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Entre 2004 e 2010, o salário mínimo passou por uma série de reajustes significativos. Em 2004, o valor foi para R$ 260,00, e em 2010, alcançou R$ 510,00. Essa valorização foi impulsionada por políticas de aumento real e pela melhoria das condições econômicas do país.
Durante o governo Dilma Rousseff, o salário mínimo continuou a ser reajustado acima da inflação. Em 2014, o salário mínimo chegou a R$ 724,00, refletindo um aumento real acumulado de 74% desde 2003.
A partir de 2015, o Brasil enfrentou uma crise econômica, e os reajustes do salário mínimo foram reduzidos. Em 2018, o salário mínimo foi fixado em R$ 954,00, representando um aumento modesto em relação ao ano anterior.
Nos anos seguintes, o salário mínimo teve aumentos limitados. Em 2022, o valor foi de R$ 1.212,00, refletindo a necessidade de recuperação econômica após a pandemia de COVID-19.
Em 2023, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.302,00, um aumento que buscou compensar a inflação acumulada e melhorar as condições de vida dos trabalhadores.
Com o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, espera-se que o salário mínimo continue a ser uma prioridade nas políticas sociais, com propostas de reajustes que garantam aumento real e valorização do trabalho.
A trajetória do salário mínimo no Brasil desde o Plano Real reflete não apenas as mudanças econômicas, mas também as políticas sociais que buscam garantir melhores condições de vida para a população. O desafio continua sendo a manutenção do poder de compra e a redução das desigualdades sociais no país.
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