Uma mãe de Pelotas enfrenta uma verdadeira batalha pela vida do filho de 6 meses de idade, diagnosticado com leucemia óssea com apenas 21 dias de vida. Os médicos alertam para a importância de manter o cadastro de doadores atualizado, uma vez que a compatibilidade pode aparecer muitos anos depois. Um exemplo é o caso de Renato Nunes, que teve o filho curado no começo dos anos 80, mas acabou salvando outra vida 14 anos depois.
Nathanael completou seis meses de idade no último dia 8 de setembro. E a busca por um doador compatível foi parar nas redes sociais.
“Quando eu vejo os meus amigos, por exemplo, postando no Facebook, que tiveram filho saudável, em casa, tudo bem […] Dói, penso assim: ‘porque não podia ser comigo'”, desabafa a agricultora Carla Holz Hubner. “Tem dias quando ele faz quimioterapia, baixa a imunidade, ele fica super choroso, ganha febre […] Aí tu já te apavora. Porque uma febre para ele pode ser muita coisa”, completa.
A campanha fez com que a família, além de buscar um doador para o filho, se concretizasse sobre a importância de doar.
“Como a gente é do interior, cidade pequena, muita gente não sabe do tamanho dessa importância. Então assim, como o Natanael, a gente vê aqui, existem muitas crianças que precisam, muitas […] E a gente pensa que aquilo que a gente tanto queria dos bens materiais não é nada”, afirma Carla.
Além de doar, é importante que as pessoas que estão cadastradas mantenham atualizados o telefone e endereço, que são as únicas formas de manter contato entre quem é compatível e quem precisa.
“É importante que o doador que já fez isso alguma vez mantenha seu contato e endereço atualizado. Porque se em algum momento, ao longo de todo os anos que o seu exame vai estar disponível para a consulta, é importante que o hemocentro volte a localizá-lo”, afirma a hematologista pediátrica Liane Esteves Daudt, dizendo que a espera pode durar até 10 anos.
Com filho curado, pai vira doador
O filho do aposentado Renato Pereira Nunes foi diagnosticado em 1983 com leucemia. Apesar de o filho ter sido curado pelo próprio tratamento, 14 anos depois ele foi chamado para fazer a doação para uma pessoa compatível, que ele ajudou sem nunca saber que era.
“Ajudar a salvar uma pessoa que infelizmente não conheço. Gostaria muito de conhecer e acho que a pessoa também, mas é uma coisa da vida. E a gente faz a doação, e quando a gente sai do hospital pensa no que fez […] um simples gesto que a gente fez”, diz o aposentado que ainda se emociona, ao demonstrar que sua vida também mudou com a doação.
Por conta disso, Renato é exemplo de uma esperança para Carla encontrar um final feliz.
Nathanael, filho de Carla, é mais uma das cerca de 1,2 mil pessoas que esperam por um transplante de medula óssea no país. Mais de 4 milhões estão cadastradas como doadoras, mas o número teria que ser muito maior.
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