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Mais de 180 pessoas desaparecem, por dia, no Brasil

Era fevereiro de 2017.  Profissional da saúde, Regina Jussara Ferreira, moradora de Valparaíso, Goiás, no entorno de Brasília, saiu de casa para trabalhar, se despediu dos dois filhos, Thayná e Felipe Ferreira, e do ex-marido, Waldezar de Matos, com quem conviveu por 17 anos.

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Essa foi a última vez que Jussara viu Thayná, que tinha 21 anos quando desapareceu.

Padrasto de Thayná, Waldezar deu carona para a jovem antes dela desaparecer, e passou a ser o principal suspeito de uma investigação criminal aberta na época.

A polícia de Valparaíso de Goiás concluiu que Thayná foi morta, mas o corpo nunca foi localizado.

Waldezar é acusado pelo crime, chegou a ser preso preventivamente, em 2019, mas foi solto na audiência de custódia, e aguarda julgamento em liberdade.

A busca dolorosa e incansável por parte de Jussara continua, junto com a aflição da suspeita de que a filha era coagida pelo padrasto.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgados recentemente mostram que, em média, a cada dia, 183 pessoas desaparecem no Brasil.

O número reúne os desaparecidos de forma voluntária, involuntária e forçada, como o caso de Thayná.

A taxa de adolescentes desaparecidos, segundo o estudo, é quase três vezes superior à média nacional, o que chama atenção do presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cássio Thyone, para os casos de violência e abusos que podem estar por trás desse número.

O levantamento destaca também que, entre 2019 e 2021, o país teve mais de 200 mil desaparecidos. Destes, 112 mil foram encontrados neste período.

Cássio Thyone destaca a falta de um banco de dados nacional para gerir esses números que podem estar subnotificados.

O  Mapa dos Desaparecidos no Brasil foi realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base nos registros policiais de todo o país. Desde 2017, a entidade realiza esse monitoramento.

Nós tentamos contato com o Ministério da Justiça para esclarecimentos sobre a criação do cadastro nacional de pessoas desaparecidas, previsto em lei de 2019, mas não obtivemos retorno.

A defesa de Waldezar de Matos, padrasto de Thayná, não quis se pronunciar alegando que o processo corre em segredo de Justiça. 

Redação de Jornalismo

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