Mais de 29 mil hectares de arroz foram colhidos na última safra em Camaquã

O Rio Grande do Sul terminou nesta semana os trabalhos de colheita do arroz referentes à safra 2018/2019. No total foram colhidas 7.241.458 toneladas, com produtividade média no Estado de 7.508 quilos por hectare. A área geral foi de 964.537 hectares. O levantamento foi tabulado pela Seção de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a partir de informações coletadas junto aos produtores pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) e pelos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates).

Dos municípios da região, Camaquã foi o que registrou maior número de hectares colhidos, com 29.589 ha. Em segundo vem Tapes com 16.540 ha e Arambaré em terceiro com 11.930 ha.

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Em relação ao ano passado houve uma redução na área colhida de 10,5% (1.077.959 ha da safra 2017/2018). A produção também apresentou diminuição de 14,5% (8.474.392 toneladas). A produtividade, por sua vez, teve queda de 5,5% (7.949 kg/ha).

Para o presidente do Irga, Guinter Frantz, uma menor área semeada, as intempéries e a contração no uso de tecnologias em decorrência da falta de recursos são os principais fatores que ocasionaram uma diminuição significativa na produção total de arroz no Estado.

“Esperamos que essa queda possa fazer pressão de alta no mercado. Mas ao mesmo tempo o orizicultor fica com menos produto em função do seu passivo e das trocas feitas com as indústrias. Isso sim traz um prejuízo maior que a própria frustração da safra. Desapontamento esse provocado pelas condições climáticas desfavoráveis e por menos tecnologia utilizada pela maioria dos produtores devido à falta de recursos financeiros”, acrescenta.

De acordo com Guinter Frantz, a estimativa da autarquia é que essa tendência de redução de área continue ou até haja um decréscimo em função da atual situação da maior parte dos produtores gaúchos.

O responsável pela Coordenadoria Regional da Planície Costeira Interna do Irga, engenheiro agrônomo Ricardo Machado Kroeff, aponta a redução de produção como um alerta para o setor arrozeiro. “É preciso que estejamos atentos para as matrizes produtivas diversificadas. Não podemos pensar somente em uma única cultura como receita. É necessário ponderar alternativas de manejo, visando uma produção composta por outras culturas, como a soja e a pecuária. E assim, possibilitando maior rentabilidade e sustentabilidade para os produtores”, alerta Kroeff.

O levantamento do Irga revela ainda que a melhor produtividade foi registrada na regional Zona Sul, que atingiu uma média de 8.198 quilos por hectare. Nesse quesito, o melhor desempenho entre os municípios do RS foi de Rio Grande, com uma produtividade de 9.121 kg/ha nos 17.190 hectares colhidos.

Redação de Jornalismo

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