Hospital de Canoas. Foto: Prefeitura de Canoas
Nesta terça-feira (04), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) anunciou a suspensão dos atendimentos eletivos no Hospital Universitário (HU) e no Hospital de Pronto Socorro de Canoas Prefeito Dr. Marcos Ronchetti (HPSC), em resposta aos atrasos nos pagamentos dos profissionais da saúde. A medida, que já estava em vigor desde a noite da última sexta-feira (31), foi reafirmada após assembleias realizadas pelos médicos, que expressaram sua insatisfação com a atual gestão municipal.
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De acordo com o Simers, os médicos dessas instituições estão com salários atrasados desde novembro de 2024, e um pequeno percentual desde outubro. O sindicato enfatiza que os serviços prestados foram para o Município de Canoas, e não para administrações específicas, ressaltando a continuidade das obrigações municipais independentemente de mudanças de governo.
A falta de transparência nas negociações com a gestão municipal foi um dos pontos criticados pelo Simers. O sindicato manifestou preocupação com a informalidade das propostas, que têm sido discutidas por meio de mensagens de celular e WhatsApp, sem a segurança jurídica necessária. “Tudo deve ser colocado às claras e formalmente”, afirmou o Simers em seu comunicado.
Em resposta às declarações do prefeito Airton Souza, o Simers destacou que as falas do gestor não contribuem para resolver a crise que o sistema de saúde de Canoas enfrenta. O sindicato lembrou que a situação de calamidade na saúde municipal é um problema de longa data e que os médicos não são os responsáveis por essa crise. “Médico não quer paralisar, médico quer salário e bem-estar laboral”, enfatizou o Simers.
Além disso, o sindicato reafirmou que o direito à suspensão dos serviços eletivos está garantido pelo Código de Ética Médica. O Simers condenou qualquer forma de assédio ou constrangimento aos médicos, ressaltando que são profissionais que merecem respeito e compensação justa por seu trabalho.
COMUNICADO OFICIAL
SUSPENSÃO DOS ATENDIMENTOS HU/HPSC
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em respeito à categoria médica e a população canoense, bem como demais cidades referenciadas, vem a público para repor a verdade e acabar com ataques sofridos aos médicos do Hospital Universitário (HU) e Hospital de Pronto Socorro de Canoas Prefeito Dr. Marcos Ronchetti (HPSC).
É sabido que os profissionais destas duas instituições estão com atrasos em suas remunerações desde novembro de 2024 – e um pequeno percentual desde outubro. O Simers ressalta que a prestação dos serviços foi feita para o Município de Canoas, não para a administração A ou B. Os governos têm seu tempo determinado, mas a municipalidade é perpétua.
Desde o início das negociações com a atual gestão municipal, o Simers se espanta pelo amadorismo e falta de transparência quanto ao envio de propostas. Conversas de celular ou mensagens por WhatsApp não possuem segurança jurídica para apresentação de propostas aos corpos clínicos do HU e do HPSC. O Simers, como representante da categoria, não aceita mais esse tipo de comportamento. Tudo deve ser colocado às claras e formalmente.
Em Assembleias, os profissionais se reuniram na sexta-feira (31) e decidiram:
HU – retomada da suspensão dos atendimentos eletivos, bem como a admissão de novos pacientes desde 19h de 31/01;
HPSC – prazo de 48h para regularização dos pagamentos, tendo início em 04/02 e prazo final até às 0h de quinta-feira,06/02. Em caso de prosseguimento da inadimplência, os médicos irão extinguir seus contratos imediatamente.
Diante do exposto, o Simers destaca que falas do prefeito Airton Souza nada contribuem ou põem fim a esta sangria que Canoas está passando. A calamidade do sistema de saúde municipal é uma chaga aberta há décadas, e os médicos não são os culpados disso. São seres humanos que trabalham e prestam assistência à população, e como qualquer trabalhador, merecem receber pelo seu trabalho realizado.
A apresentação de um ofício, na sexta-feira, onde contém a informação de que o Município irá analisar a situação financeira a partir do dia 15/02, para depois verificar a possibilidade de pagamento, mediante a criação de um cronograma, não é uma proposta aceitável. Aliás, não é proposta.
Salientamos que o direito de suspensão dos serviços eletivos está protegido no Código de Ética Médica, no inciso V dos Direitos Fundamentais. Assediar ou constranger médicos é uma violência descomunal contra aqueles que são vítimas desta situação. Médico não quer paralisar, médico quer salário e bem-estar laboral.
Reiteramos que, ao contrário do que diz o prefeito de Canoas, os médicos PJ seguem em suspensão de atendimentos, até que ocorra a quitação dos valores devidos pela gestão municipal.
Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2025
Marcelo Marsillac Matias
presidente do Simers
Alessandra Felicetti
diretora da Região Metropolitana do Simers
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