Mesmo com garantias da União, Piratini vê insegurança jurídica no Propag . Foto Airton Lemos
Durante sua manifestação no balanço das ações do Plano Rio Grande elaborado para a reconstrução no pós-enchente, o governador Eduardo Leite voltou a abordar na tarde desta quarta-feira o tema da renegociação da dívida do Estado com a União.
Leite disse que vai exigir a formalização de garantias para que o Estado não perca recursos ao aderir ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados.
Mesmo após entrevista do Secretário Rogério Ceron na Gaúcha na qual ele afirmou que o Rio não Perderia dinheiro se aderisse ao programa, o chefe do executivo estadual insiste que os vetos de Lula à lei aprovada no congresso, não trazem segurança ao Piratini
“Na razão do veto, (o governo federal) diz que (o não pagamento do Rio Grande do Sul ao FEF) criaria uma assimetria entre os Estados, em que alguns não fariam a contribuição ao fundo. Então, as razões do veto reforçam a nossa (necessidade de) contribuição. Agora, estão dizendo que não é assim, que o governo do Rio Grande do Sul não será chamado a fazer a contribuição ao fundo. E eu não posso ficar contando com essa interpretação”, afirmou Leite.
Na mesma linha de Eduardo Leite, o vice-governador Gabriel Souza fala em insegurança jurídica, caso o estado decida aderir ao Propag
“Uma coisa é a dívida do Estado com a União, que de fato a Lei Complementar 206 resguarda o Rio Grande do Sul de não pagá-la e utilizar esses recursos para o Funrigs (Fundo do Plano Rio Grande), para a reconstrução do Estado até o início de 2027, totalizando 14 bilhões de reais durante esse período. Isso é uma coisa. Outra coisa é uma contribuição que foi criada”, explica.
Outro ponto criticado, além das questões que envolvem o Fundo de Equalização Federativa (FEF) e a suspensão da dívida gaúcha, foram as dívidas do Estado com bancos e organismos internacionais.
Os débitos foram contraídos no passado e somam cerca de R$ 1,5 bilhão. Segundo Leite, os empréstimos haviam sido renegociados no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e não estariam inclusas no Propag.
Em 14 de janeiro, depois da publicação da lei, o vice-governador Gabriel Souza e o governador Eduardo Leite passaram a criticar publicamente os vetos do presidente, alegando que, da forma como foi publicada, a lei retiraria do Estado até R$ 5 bilhões entre 2025 e 2027. Na avaliação deles, a lei, da forma como ficou, retiraria do Estado o benefício de suspensão do pagamento da dívida até abril de 2027.
Nesta quarta-feira, o representante do Tesouro Nacional garantiu que a interpretação do governo do Estado não procede e que a renegociação é extremamente vantajosa para o Rio Grande do Sul no curto, médio e longo prazos.
Segundo o governo federal, caso o Rio Grande do Sul opte pela adesão ao novo programa, terá uma economia de mais de R$ 27 bilhões no pagamento das parcelas da dívida com a União até 2035. Além de impactar o pagamento mensal das parcelas da dívida, a eventual adesão também reduz o chamado estoque, isto é, o total do débito.
Se o Rio Grande do Sul não aderir ao Propag, em 2035, a dívida gaúcha estará ao redor de R$ 140 bilhões. Se o RS aderir ao Propag, a dívida ficará em R$ 112 bilhões.
Após a entrevista de Ceron, Eduardo Leite se manifestou na Rádio Gaúcha, e o chefe do Executivo estadual agradeceu as explicações, mas destacou que os pontos que ele trouxe precisam estar claros na lei.
Confira a nota técnica do governo federal:
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