Foto: Divulgação
Na manhã deste sábado (15), a promotora de justiça Cristina Müller concedeu uma entrevista na qual abordou a grave situação financeira enfrentada pela Santa Casa de São Lourenço. Durante a conversa, a promotora detalhou a reunião entre os funcionários da instituição de saúde e o Ministério Público, destacando as reivindicações dos servidores por pagamentos atrasados.
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De acordo com Müller, a Santa Casa enfrenta um déficit mensal de aproximadamente R$ 200 mil, uma situação crítica que tem se agravado ao longo do tempo. A entidade, que deveria atender uma média de 150 partos por mês, tem registrado apenas 18, resultando em uma perda significativa de recursos que deveriam ser provenientes do convênio com a maternidade. “Esse número influencia tanto devido aos recursos que vêm a partir do atendimento de parturientes”, explicou.
Além do déficit gerado pela baixa demanda de partos, a promotora ressaltou que as reclamatórias trabalhistas e as verbas rescisórias não pagas também têm contribuído para a crise financeira:
“Essas verbas trabalhistas agora estão sendo suportadas pelo hospital, o que soma ainda mais ao déficit mensal”, afirmou. Outro fator que agrava a situação é a retirada do pronto atendimento do hospital, que também causou um impacto financeiro negativo.
Müller ainda destacou que os honorários médicos somam cerca de R$ 700 mil mensais e que o hospital enfrentou glosas de serviços não executados, tendo que devolver R$ 654 mil no ano passado:
“Isso gera um prejuízo significativo, pois o hospital recebe a verba, mas se o serviço não é prestado, precisa devolver”, explicou.
A promotora também mencionou o aumento dos custos com insumos e medicamentos, que triplicaram desde 2020, e a insuficiência dos repasses do SUS, especialmente para procedimentos de média e alta complexidade:
“O custo chega a ser 10 vezes maior que o reembolso feito pelo SUS”, alertou.
Diante desse cenário, Cristina Müller enfatizou a necessidade de uma gestão eficiente e a busca por soluções que possam minimizar os problemas enfrentados pela Santa Casa:
“É preciso encontrar alternativas, como o retorno do contrato de pronto atendimento ou um aumento de teto junto ao Ministério da Saúde”, sugeriu.
A promotora afirmou que o Ministério Público está atento à situação e que é fundamental que a comunidade se una para enfrentar essa crise Com a ameaça de rescisão dos contratos dos médicos caso os pagamentos não sejam realizados até o dia 25 de março, a situação exige medidas urgentes para garantir a continuidade dos serviços prestados à população de São Lourenço do Sul.
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