Ministro da Saúde admite dificuldades no fornecimento de vacinas para estados e municípios

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi o primeiro representante do Governo Federal a ser questionado pelos senadores que analisam a CPI da Covid-19. O debate foi feito nesta segunda-feira (26), de forma virtual, e estavam presentes os 11 parlamentares escolhidos para analisar o tema. Durante sua fala, Queiroga disse que acelerou o ritmo de vacinação contra a doença entre os grupos prioritários.

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No entanto, o ministro admitiu que há dificuldades no fornecimento de vacinas para estados e municípios, e pediu para que prefeitos e governadores sigam o Plano Nacional de Imunização. “Se nós respeitarmos o Programa Nacional de Imunização, conforme pactuado na tripartite, ele iria melhor. Os senhores sabem que na bipartite, às vezes, se muda a orientação para incluir um grupo ou outro, e isso termina por alterar a harmonia do nosso programa e atrapalha o processo de vacinação”.

A recomendação de Queiroga é porque prefeitos e governadores têm autonomia para definir como será a vacinação. Em alguns estados, os governadores estão adiantando os imunizantes da Coronavac, separados para uso na segunda dose, e aplicando como primeira. O problema é que a previsão de chegada de novas vacinas da Coronavac só deve acontecer daqui dez dias e alguns estados não tem estoque. “Nós vamos emitir uma nota técnica acerca deste tema. Inclusive na minha cidade, João Pessoa, se judicializou e foi entregue essas doses de Coronavac por judicialização. Só que se todos fizerem isso, não tem dose pra todo mundo”, comenta. 

Em contrapartida, o chefe da pasta da saúde disse que começou a liderar o ministério com falta de estoque de equipamento de proteção individual, e que já tem resolvido este problema. O ministro também informou que as vacinas da Pfizer vão chegar nesta quinta-feira (29) e que serão incluídas no Plano Nacional de Imunização. A CPI da Covid analisa se o Governo Federal, estados e municípios têm sido negligentes em ações de combate ao novo Coronavírus. As audiências devem continuar nos próximos três meses.