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Movimento tenta impedir privatização do Banrisul

Um abaixo-assinado promovido pelo Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul (Sindbancários) pede aos deputados estaduais gaúchos que zelem pelo Banrisul público. Este e outros movimentos que buscam a preservação do banco foram desencadeados a partir da sinalização de que estados que aderirem ao Regime de Recuperação Fiscal, proposto pela União, precisarão alienar empresas de áreas de energia, saneamento e financeira.

O Rio Grande do Sul é o único estado em crise com ativo financeiro de porte para ser privatizado. Técnicos da equipe econômica do governo federal iniciam hoje uma missão de três dias no Estado para fazer um diagnóstico das finanças gaúchas e um raio-x das empresas públicas.

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A especulação em torno da possível venda do Banirsul gerou debates sobre a necessidade de um Estado manter um banco, já que o Banrisul é um dos últimos ativos financeiros estatais do País. Enquanto alguns defendem que somente o lucro líquido de R$ 659,7 milhões – menor valor dos últimos 10 anos devido à crise financeira – seria o suficiente para manter o banco público, outros acreditam que o dever do Estado é atender apenas aos serviços de saúde, educação e segurança. Até às 18h da tarde de ontem, mais de 1,5 mil pessoas haviam aderido ao abaixo-assinado do Sindbancários.

O diretor do sindicato, Carlos Eduardo Bobsin, explica que não haverá entrega formal dos dados coletados já que a plataforma objetiva a comunicação com a Assembleia Legislativa. “O repasse se dá em tempo real pelo e-mail do gabinete dos deputados, o que facilita a interação”, explica. Cada assinatura corresponde a um e-mail enviado individualmente e só pode ser feita através de um e-mail pessoal válido. O movimento é virtual e se dá a partir da nova plataforma do sindicato, o Dialoga. A ferramenta foi criada para ser um aplicativo de IOS e Android de funções múltiplas, que será lançado no final do mês.

Por enquanto, pode ser acessada via web e sua única função é a assinatura do texto formulado pelo órgão de classe em apoio ao Banrisul: “A situação, porém, não justifica o desejo de vender o Banrisul para pagar a conta com a União. Isso não está certo. Essa medida já foi adotada no passado e não funcionou”, cita o texto. O texto faz alusão ao IPO realizado pelo governo de Yeda Crusius (PSDB) em 2007. Na ocasião, 43% das ações do Banrisul foram vendidas por R$ 2,1 bilhões. Deste montante, de acordo com o Sindibancários, R$ 1,2 bilhão foi repassado aos cofres do Estado.

Atualmente, o maior acionista ainda é o Estado, que detém 54% das ações. O sindicato entende que o IPO não foi benéfico, já que o Estado deixou de ser remunerado em R$ 843 milhões desde a abertura de capital. Atualmente, o Banrisul conta com 701 pontos de atendimentos e é encarregado da bancalização de 86 municípios no Estado. Sua venda precisa ser autorizada em plebiscito com a população gaúcha.

Redação de Jornalismo

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