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MP cumpre mandados em Ivoti por fraude em marcação de consultas

O Ministério Público cumpriu na manhã desta terça-feira (7) quatro mandados de busca e apreensão em Ivoti, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação é continuidade de uma ação deflagrada no ano passado, que apura fraudes na marcação de consultas.

São cumpridos mandados nas casas de quatro pessoas do mesmo partido da prefeita eleita Maria de Lourdes Bauermann (PP), também investigada pelo esquema, além de outras duas mulheres. As três são suspeitas de envolvimento nos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.

A operação desta terça é coordenada pelo promotor de Justiça Pedro Jardel Coppeti e conta com apoio do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Brigada Militar do Vale do Sinos.

A Operação F5 foi deflagrada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal em outubro do ano passado, quando foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências de Ivoti e outro em um posto de saúde de Taquara.

Conforme a denúncia, elas inseriram informações falsas no sistema de marcação de consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) em Taquara de pacientes residentes em Ivoti, com o objetivo de agilizar o atendimento deles em unidades hospitalares da Capital.

 

Entenda o caso

A suposta fraude foi denunciada por um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde de Ivoti, que pediu para permanecer anônimo.

“Uma pessoa que tem um problema que não é tão grave, que é passada na frente. E essa consulta, ela é pega e ela é escolhida a dedo para quem ela vai ser dada (…) às vezes tu pode até perder um paciente por uma situação dessas”, afirma o denunciante.

De acordo com a denúncia, para conseguir atendimento, os pacientes de Ivoti são cadastrados no sistema do SUS com endereços falsos da cidade de Taquara, que fica a 50 quilômetros de distância. Na secretaria de saúde desta outra cidade as vagas são obtidas, supostamente após a desistência de pacientes que estavam na fila.

Conforme o Ministério Público, a fraude aconteceria há pelo menos três anos. Além de furar a fila, algumas pessoas tinham prioridade para a realização de cirurgias estéticas. Na cidade de Ivoti, a espera pela consulta com um ortopedista pode levar quatro anos. No entanto, um aposentado conseguiu atendimento em tempo recorde: 12 dias, além de ter feito uma cirurgia.

Redação de Jornalismo

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