Multinacional chilena de celulose CMPC vai manter investimento de R$25 bilhões no RS

A multinacional chilena de celulose CMPC confirmou que o investimento no Estado, anunciado durante a assinatura do protocolo de intenções com o governo estadual no final de abril, terá seguimento mesmo após os eventos meteorológicos que atingiram o Rio Grande do Sul. A confirmação dos R$ 25 bilhões, que serão destinados à instalação de uma nova planta industrial de produção de celulose em Barra do Ribeiro e de um terminal portuário, foi reiterada na segunda-feira (17/6), em reunião com o governador Eduardo Leite e o vice-governador Gabriel Souza. O valor é considerado o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul.

O licenciamento ambiental para as obras já foi protocolado e, segundo a CMPC, o cronograma de trabalho será mantido, com o início da construção em 2026 e a finalização em 2028. A empresa também se ofereceu para fornecer mudas nativas para recompor a mata ciliar dos rios, o que ajudará a evitar a erosão dos rios.

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O Negócio

Conforme o protocolo de intenções, a CMPC assegura que utilizará os mais altos padrões tecnológicos e adotará rigorosos mecanismos de controle ambiental. Além disso, a empresa assume o compromisso de promover um programa de qualificação de mão de obra e priorizar a contratação de fornecedores gaúchos. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 12 mil empregos durante as obras. Em operação, a empresa deve promover 1,5 mil vagas de trabalho diretas e indiretas e terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. A matéria-prima é utilizada para a fabricação de diferentes tipos de papéis, embalagens e produtos higiênicos, além de estar presente em itens como alimentos, medicamentos e cosméticos.

A escolha por Barra do Ribeiro

O município de Barra do Ribeiro, localizado a 60 quilômetros ao sul de Porto Alegre, foi o escolhido para receber a nova unidade da multinacional chilena. Com 12,5 mil habitantes, a cidade é a sede da Fazenda Barba Negra. Atualmente, o horto Barba Negra abriga o viveiro de mudas da companhia e um centro de pesquisas de aprimoramento genético do eucalipto, além de promover estudos sobre a fauna e flora da região.

Sobre a CMPC

A empresa atua desde 2009 no Rio Grande do Sul, na cidade de Guaíba, com uma planta de produção de celulose, também do tipo kraft branqueada de fibra curta, proveniente de plantios de eucalipto. Atualmente, essa unidade tem capacidade de produção de aproximadamente 2,4 milhões de toneladas por ano. A multinacional tem atuação portuária em Rio Grande e Pelotas e está presente em 75 municípios, com 1 mil fazendas distribuídas no Estado.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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