Foto: Divulgação
O avanço da soja na região do Pampa traz um novo desafio aos
pecuaristas gaúchos da Metade Sul do Rio Grande do Sul. O manejo tradicional
sempre possibilitou muita oferta de pastagem nos meses mais quentes. No
entanto, com a entrada da soja, essa matriz produtiva de alimentos está
mudando. Agora sobra comida no inverno.
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O engenheiro agrônomo Armindo Barth Neto, gerente Técnico da
SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios, explica que quando a soja é
colhida, o produtor entra com as espécies de inverno, principalmente o azevém,
e garante uma enorme oferta de comida nos meses mais frios do ano, o que
antigamente era praticamente impensável. “O pecuarista sempre entrou com
melhoramento de campo nativo por meio de espécies de inverno para tentar
amenizar a falta de comida. Porém, agora, o inverno que sempre foi um problema,
passa a ser uma solução para boa parte das propriedades que estão adotando o
modelo da integração lavoura-pecuária. Alguns produtores estão mudando a sua
estratégia produtiva para concentrar durante o período frio”, informa.
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Barth Neto enfatiza que o desafio agora é como produzir mais
comida no período mais quente do ano para tentar equilibrar a produção de
comida de verão e inverno com a entrada da soja. “A principal dúvida do
pecuarista gaúcho é quanto da sua área na fazenda pode ser arrendada para a
soja para que o seu sistema não fique descompensado”, observa, colocando que há
um lado muito positivo que é uma nova receita dentro da propriedade. “A soja
entrando tem uma diversificação de renda, um dinheiro que de certa maneira
ingressa sem grandes investimentos, simplesmente com o fornecimento da área”,
ressalta.
De acordo com o gerente Técnico da SIA, os produtores de
soja que arrendam essas áreas fazem toda uma correção de solo e garantem boas
pastagens com grande oferta de alimento de alta qualidade durante o inverno,
mas por outro lado, no verão, boa parte das propriedades tem o seu sistema
baseado em campo nativo, que muitas vezes não possibilitam acomodar esta mesma
quantidade de animais nos meses mais quentes. “Então passa a ser esse o
desafio, como equilibrar a produção forrageira ao longo do ano. E para
superá-lo é necessário ter um planejamento bem organizado para que não ocorra
esse desbalanço forrageiro entre verão e inverno. Sobra muito em uma época e
falta em outra, e se perde em produção e rentabilidade”, salienta.
Este equilíbrio na produção de pastagens nos períodos mais
quentes passa, conforme Barth Neto, pela implementação de espécies mais
produtivas durante o verão, como a braquiária, o panicum, milheto ou sudão,
além da adubação dessas áreas para dar mais capacidade de suporte. Ele sinaliza
também o grande desafio de manejo das pastagens dessas áreas que têm um
potencial de crescimento forte. “O produtor tem que estar muito atento para
manejar bem as áreas e não perder a mão para que o pasto não passe do ponto e
não consiga uma boa gestão dessa oferta de comida”, alerta.
Texto: Rejane
Costa / AgroEffective
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