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Novo presidente paraguaio descarta ir a cúpula do Mercosul

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, descartou nesta terça-feira participar da cúpula do Mercosul, que começa amanhã em Mendoza (Argentina), e afirmou que a política internacional não é sua prioridade neste momento.

“Não podemos participar de nenhuma cúpula nessas condaições. Não me agrada, temos que garantir que o país esteja operativo. A última coisa que eu faria agora é sair do meu país”, afirmou Franco durante coletiva de imprensa.

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Segundo ele, o desafio agora é mostrar à comunidade internacional com “atos mais do que palavras” que o “governo [do Paraguai] é absolutamente democrático, constitucional, e onde prima o Estado de Direito, onde há liberdade irrestrita”.

“Não há polícia nas ruas, não há militares, tudo está normal. Não podemos neste momento nos ocuparmos com relações internacionais, primeiro devemos nos certificar de que está tudo normal”.

GUERRA CIVIL

Franco afirmou ainda que sua prioridade é evitar que haja uma “guerra civil” em seu país, devido à crise gerada pela destituição de seu antecessor. “Sou responsável por garantir que não vai haver uma guerra civil”, disse ele, durante uma nova reunião com jornalistas da imprensa estrangeira.

Ele acrescentou que assumiu o cargo para preencher um vácuo de poder após a queda de Fernando Lugo, e que a comunidade internacional deveria saber que seu país vive na mais “absoluta normalidade”.

Franco recebeu hoje na sede da Presidência uma delegação de “brasiguaios”, que manifestou apoio ao governo interino.

O jornal paraguaio ABC Color publicou em seu site que uma comitiva de brasileiros residentes no país pretende se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, mas ainda não há confirmação oficial dessa audiência no Planalto.

O Paraguai, após a destituição de Lugo em menos de 48 horas, foi alvo de uma ofensiva dos países vizinhos. Alguns acusaram o Congresso local de executar um “golpe”, e chamaram de volta seus representantes diplomáticos.

A crise paraguaia também na pauta de pelo menos três organismos regionais nesta semana: Unasul (o bloco do países sul-americanos), Mercosul e OEA, que se reúnem nesta semana para tomar decisões sobre o episódio.

O Brasil, conforme informações de bastidores, negocia quais as possíveis sanções contra o país, que podem ir desde a expulsão de um desses órgãos até o bloqueio de financiamentos pelo BNDES.

Agência Efe

Foto: Andrés Cristaldo/Efe

Redação de Jornalismo

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