A campanha de conscientização contra o câncer de mama, conhecida como Outubro Rosa, é realizada por diversos entidades, no mês de outubro, e dirigida à sociedade, em especial às mulheres. Entre os temas do movimento, está a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
O nome da campanha remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades: o rosa. Durante o período, monumentos por todo o país se iluminam com essa mesma cor.
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e, apesar de também atingir os homens, as mulheres, acima de 35 anos, são o principal alvo.
Ouça o programa completo:
A ginecologista Sandra Lara Vignol Nunes falou em entrevista ao programa “Passando a Limpo”, sobre a importância de ter um mês dedicado para o combate às doenças, mas ressaltou que é importante ter cuidado o ano inteiro: “É muito importante que este mês aconteça, porque é um mês de chamativa, a gente chama aliados para essa luta contra o câncer. Mas é importante deixar claro que os médicos trabalham o ano inteiro e é possível fazer o exame durante todo o ano”.
Sandra explicou sobre o câncer de mama, abordando as formas de prevenção: “a primordial e primária consiste em alertar todo mundo, chamar todas as mulheres para fazer seus exames, informar os fatores de risco e ensinar. A mamografia é uma prevenção secundária. A terciária é quando, mesmo descobrindo uma doença, ainda se pode fazer o tratamento”. A médica falou sobre o autoexame, mas destacou a importância da mamografia: “O benefício da mamografia é a capacidade de detectar uma alteração mamária, um tumor mamário já com um milímetro”.
A ginecologista explicou os fatores de risco da doença. Segundo Sandra, 80% dos canceres acontecem a partir dos 50 anos de idade. O histórico familiar pode aumentar o risco, mas representam apenas 20% dos casos. Sobre os riscos modificáveis, a ginecologista destacou que a obesidade é um fator de risco para o câncer de mama, junto com o sedentarismo e o consumo de álcool também aumenta o risco.
Sandra também falou sobre o câncer de colo de útero, afirmando ser uma doença sexualmente transmissível. A ginecologista destacou a importância da realização do exame Papa Nicolau, que deve ser feito uma vez por ano, entre os 25 e os 64 anos de idade. Ele é um exame que consiste em uma coleta no útero. De acordo com a ginecologista, o exame é indolor.
A psicóloga clínica Maria Inês Souza falou sobre o trabalho da Liga de Combate ao Câncer de Camaquã: “A Liga trabalha no sentido de auxiliar e apoiar as pessoas já diagnosticadas com câncer. O auxilio acontece através de atendimentos e doações de cestas básicas, entre outros auxílios. Esse atendimento é com profissionais que se dispõem a atender esses clientes”.
Maria Inês ressaltou a importância de buscar ajuda assim que se descobre a doença. “A pessoa que se encontra nesse diagnóstico de câncer tem que encarar com muita força, procurar atendimento e tratamento. Conheço casos de pessoas que ficaram sabendo e não buscaram o tratamento naquele momento”.
A psicóloga ainda afirmou que a pessoa precisa se esforçar para continuar vivendo uma vida normal. “A pessoa que está com esse diagnóstico tem que avisar os seus entes para que as pessoas possam apoiar, porque a pessoa com câncer precisa desse apoio e desse carinho de forma mais intensa”.
Jaqueline Felix, enfermeira no posto de saúde, lamentou a falta de crescimento no número de mulheres que têm procurado os postos de saúde. “Existe uma falta de conscientização da população no que se refere à prevenção. Estima-se que Camaquã tenha uma população de 17 mil mulheres em idade entre 25 e 64 anos que deveriam fazer o seu pré-câncer anualmente. Dessas, cerca de 12 mil são atendidas na rede pública e de janeiro até agora tivemos apenas cerca de 2.500 atendimentos.
Ela ainda enfatizou que os números em Camaquã são extremamente altos, visto que a cada ano, 54 novos casos da doença são diagnosticados.
No entanto, o Outubro Rosa pode representar um crescimento na procura. Jaqueline acredita que até o final do ano, o número chegue a 4.000. Porém, isso significa que cerca de oito mil mulheres podem terminar o ano sem o devido atendimento nos postos.
Lídia Latozinski, coordenadora do CT de imagem do Hospital Nossa Senhora Aparecida, falou sobre a impressão que as pessoas têm da mamografia. “As pessoas acham que é um exame que dói muito. É desconfortável, mas não é uma coisa dolorida e sofrida. Até porque é uma questão de 2, 3 minutos”. A coordenadora também lamentou a baixa adesão ao exame. “A procura é muito pequena em relação à população”. No entanto, Lídia confirmou que tem crescido o exame de mamografia mamaria, principalmente em mulheres mais jovens.
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