A tradição da boa mesa pode estar colocando em risco a saúde dos gaúchos. Segundo dados da pesquisa Vigitel, realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais e divulgada ontem, 54,9% de quem tem mais de 18 anos e vive em Porto Alegre está com excesso de peso. A obesidade atinge 19,9% da população e é maior que o índice nacional, que ficou em 18,9%. Diabetes e hipertensão também desafiam os gaúchos. A pressão alta é problema para 28 a cada cem porto-alegrenses, que aparecem em terceiro no ranking dos estados.
Realizada por telefone com 53,2 mil entrevistados entre fevereiro e dezembro do ano passado, a pesquisa mostra que o Brasil saiu do quadro de desnutrição para embarcar na obesidade. Em dez anos, o excesso de peso cresceu 26,3%, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% no ano passado em todo o País. O problema é mais prevalente em homens, aumenta com a idade e entre os que possuem menor escolaridade. Já a obesidade saltou 60% no período, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% da população adulta no ano passado. O problema atinge ambos os sexos no Brasil, mas em especial quem tem baixa escolaridade e está acima dos 25 anos.
O aumento dos indicadores pode em parte ser atribuído ao aumento da idade da população. Mas os dados da pesquisa deixam claro que a mudança de hábitos alimentares também está diretamente relacionada ao problema. A começar pela redução do consumo regular de arroz e feijão. Em 2012, 74,2% da população masculina entrevistada dizia consumir a combinação mais típica da dieta brasileira em pelo menos cinco dias da semana. Bastaram quatro anos para esse indicador cair para 67,9%.
A boa notícia, no entanto, é que o consumo regular de frutas e hortaliças apresentou uma leve elevação entre 2008 e 2016, passando de 33% para 35,2%. O maior consumo ocorreu entre mulheres. O grupo feminino também apresentou uma redução do consumo regular de refrigerantes ou sucos artificiais. Em 2016, 13,9% diziam ter esse hábito, ante 26,9% em 2007. Considerando todo o público, o indicador caiu de 30,9% em 2007 para 16,5% no ano passado. A prática de atividade física no tempo livre cresceu de 30,3% em 2009 para 37,6% no ano passado, em especial entre os jovens.
A pesquisa é uma fotografia atual da saúde do brasileiro e revela o avanço sem tréguas de doenças consideradas fatores de risco para enfarte e derrame cerebral. Tanto que, a partir desses dados, o Ministério da Saúde planeja ações para tentar reduzir as doenças crônicas. Uma das expectativas é deter o crescimento da obesidade da população adulta até 2019.
Entenda
Segundo o Ministério da Saúde, é obesa a pessoa com índice de massa corporal (IMC) acima de 30. O IMC de “excesso de peso” varia entre 25 e 30. Para calcular o IMC é preciso levar em conta o peso e a altura. Basta dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). O resultado deve ser comparado à tabela de IMC.
NÚMEROS
Obesidade
1º – Rio Branco 60,6%
13º – Porto Alegre 54,9%
Hipertensão
1º – Rio de Janeiro 31,7%
3º – Porto Alegre 28,2%
Diabetes
1º – Rio de Janeiro 10,4%
11º – Porto Alegre 8,5%
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