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Polícia abre novo inquérito sobre caso Eduarda após registros de ameaças devido a boatos

A Polícia Civil abriu um segundo inquérito relacionado ao caso da menina Eduarda Herrera de Mello, de 9 anos, encontrada morta na manhã desta segunda-feira (22) às margens da ERS-118, em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo é investigar a divulgação de boatos e notícias falsas que vêm atrapalhando a investigação, e levaram duas pessoas inocentes a procurar a polícia relatando terem sofrido ameaças.

“A sociedade precisa saber diferenciar o que é especulação e o que é real”, disse o chefe da Polícia Civil gaúcha, Emerson Wendt, em coletiva ao lado da delegada Andrea Magno, da Delegacia de Polícia da Criança e Adolescente Vítima (Deca), na tarde desta segunda-feira (24).

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No mesmo dia, a Justiça decretou o sigilo das investigações. Segundo a polícia, um pai de santo de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, registrou ocorrência relatando ter sofrido mais de 150 ameaças, por ter sido comparado com o retrato falado do suspeito do sequestro de Eduarda, divulgado na segunda-feira. Na mesma cidade, um homem que trabalha como motorista de aplicativo também procurou a polícia relatando ter sido ameaçado pelo mesmo motivo.

“Fica um alerta para a população, que eventualmente uma pessoa parecida com o retrato falado não necessariamente é o autor do delito. E a pessoa pode ser responsabilizada por crimes em razão disso. Mesmo achando parecido, também existe um trabalho de investigação”, pondera Andrea Magno.

Eduarda brincava em frente a casa dela, no bairro Rubem Berta, quando desapareceu. O suspeito do sequestro dela é um homem de cerca de 40 anos que estaria num carro vermelho e que, segundo vizinhos, circulava pelo bairro. Eles viram o motorista conversando com Eduarda enquanto a mãe dela atendia o eletricista que foi fazer um serviço no local. Cerca de 12 horas depois, o corpo foi encontrado. O laudo da perícia apontou que ela foi vítima de afogamento.

Na tarde desta segunda, o autor do retrato falado elaborado pela polícia foi à delegacia e descartou vários nomes de suspeitos identificados a partir da imagem. “Estamos fazendo todas as investigações possíveis. Não existe uma linha fechada de investigação, estamos trabalhando com várias possibilidades. Todas as hipóteses estão sendo investigadas. Tudo que é possível fazer, vocês podem ter certeza que está sendo feito nesse inquérito policial”, afirma Andreia.

A polícia também descartou ligação entre o caso Eduarda e a denúncia feita nesta terça-feira (24) por uma mãe, que foi até a delegacia do bairro Mário Quintana, na Zona Norte de Porto Alegre, para registrar uma ocorrência de uma suposta tentativa de sequestro de sua filha na região. Um boato de que um homem foi preso suspeito do sequestro e estava na delegacia levou uma multidão a cercar a delegacia em um protesto.

Redação de Jornalismo

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