Polícia

Polícia Civil combate facção suspeita de ameaçar comerciantes de cidades gaúchas

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas (DRACO) de São Leopoldo, coordenada pelo delegado de polícia Ayrton Figueiredo Júnior, deflagrou nesta sexta-feira (18/8), a Operação Timeo, que visa combater a organização criminosa que praticava extorsões e lavagem de dinheiro em cidades de todo o Vale do Rio dos Sinos.

As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Novo Hamburgo, Sapiranga e Campo Bom. Participaram da ação 125 agentes da Polícia Civil, que cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro judicial e bloqueio de R$ 3,9 milhões em imóveis, veículos e valores depositados em oito contas bancárias. Ao todo, cinco pessoas foram presas, sendo uma delas em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas. Foram apreendidos seis veículos, sete armas de fogo, munições de diversos calibres e R$20 mil (em espécie).

Esta nova fase da operação, teve sua investigação iniciada a partir de diversas denúncias a respeito de esquema de extorsões realizadas em larga escala, contra estabelecimentos comerciais noturnos, realizadas em meados de dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

Em abril de 2022, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (DELEPAT) da Polícia Federal realizou compartilhamento de provas a respeito da organização criminosa, que atua na região, especificamente quanto a indivíduos identificados como seus líderes.

Durante as investigações da DRACO São Leopoldo, foram verificados elementos que apontavam a existência de organização criminosa vinculada à facção do Vale do Rio dos Sinos e que, inicialmente, extorquia comerciantes para recebimento de valores semanais, que variavam entre R$300 e R$500. Atualmente, as extorsões permeavam R$1 mil a R$1,5mil por estabelecimento.

Segundo apurado, os crimes de extorsão eram comandados por dois criminosos foragidos da justiça, que lideravam o esquema. A cada semana, um dos dois líderes recebia todos os valores arrecadados nas extorsões, havendo informações, ainda, de que o principal gerente do esquema e seus dois subordinados realizavam a execução das ameaças e da tomada do dinheiro de cada uma das vítimas.

Na data de ontem (17/8), equipes da DRACO realizaram prisões de dois dos investigados. Já o terceiro foi preso pela Brigada Militar.

Redação de Jornalismo

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